Porquê uma 2.ª licenciatura?
Enquanto aluna na UCP, havia (não sei se ainda há) um programa em que os alunos com disponibilidade se podiam inscrever para executar tarefas, por um limitado período de tempo, em situações pontuais que surgissem na Universidade (eram os tarefeiros). E assim comecei eu, como tarefeira na Faculdade de Direito, a colar etiquetas em envelopes, para o arranque do Gabinete de Formação Avançada e Pós-Graduações. De imediato me perguntaram se eu tinha disponibilidade a tempo inteiro, para apoio administrativo ao dito Gabinete por um período de dois ou três meses... e assim se passaram dois anos de descoberta sobre aquilo que queria fazer na vida.
Ser útil, ser o rosto de algo, dar apoio à liderança, ser versátil, ajudar à implementação das decisões, fazer a diferença na direta proporção do meu esforço e empenho fizeram-me esquecer o desejo de uma vida ligada ao Direito Penal, que me começou a parecer algo impessoal, opaco, sem vida... que grande reviravolta! Estava no penúltimo ano de Direito e morrer na praia não era uma opção.
Concluí o curso e, no ano letivo seguinte, comecei a estudar Secretariado (Direito era algo do passado). Os três anos da licenciatura voaram no meio do entusiasmo, entre descobertas e o consolidar do que já sabia e praticava no dia a dia. Veio uma grande empresa nacional de distribuição em expansão internacional, seguiu-se uma multinacional da área da informação, depois uma época cinzenta, outra empresa nacional que tem um lugar próprio no mercado mundial de IT e agora aqui estou, numa instituição única em Portugal. Sinto-me valorizada, sei que o meu contributo é melhor porque sei quem sou e fiz este caminho tão... inusitado, que me ajudou a conhecer-me, a ser melhor, a desejar mais, e que me deixou mais apta para os desafios que a minha caminhada ainda vai conhecer.
Alexandra Parra Borges (Alumni)
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