Lidar com deadlines
Ao longo do estágio, tenho-me apercebido de que cada colega age de forma diferente quando tem um prazo para cumprir: há quem entre numa zona própria e se abstraia do que o rodeia, quem trabalhe num ritmo frenético e quem aja com normalidade, por estar habituado à pressão.
Pelo que tenho observado, a maior parte dos colaboradores é mais produtiva (se é que assim se pode chamar) quando tem um deadline. Nesta situação, a criatividade e a concentração aumentam quando existe a pressão do tempo.
Pessoalmente, prefiro trabalhar com prazos de entrega, desde que sejam exequíveis e, quando não os tenho, crio-os, consoante o trabalho. Assim, tenho a certeza que não deixo nada pendente, uma vez que aquilo que hoje não tem prazo, daqui a duas semanas pode tornar-se urgente.
Contudo, existem pessoas que não lidam bem com a pressão de um deadline e não a veem como emocionante nem motivadora. Isto pode dever-se ao facto de receberem prazos demasiado curtos com muita frequência ou de não os poderem negociar nem conseguirem envolver mais colegas nas tarefas.
Uma correta gestão de prioridades é importante para saber lidar com a pressão do tempo ou até mesmo evitar que esta tome proporções desnecessárias: uma má gestão pode significar deixar para trás uma tarefa que deveria ser terminada em primeiro lugar. Por outro lado, a forma como as chefias pedem os trabalhos é também crucial para saber priorizar: quem delega uma tarefa deve ter a noção de que utilizar o termo “urgente” em tudo o que se pede pode ter o efeito oposto ao pretendido.
Para os deadlines servirem o seu propósito e não serem desmotivadores, deve existir um meio termo entre a pressão constante e o “deixa andar”. E, para além de aprender a gerir as prioridades, o mais saudável é mesmo não deixar acumular o stress e desligar o “botão” quando se sai do trabalho. Trazer os problemas do trabalho para casa pode ser tão prejudicial como levar os dilemas pessoais para o trabalho!
Pilar Souto (Pseudónimo)
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