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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Tailleur, saltos altos e paraquedas….


Quando se fala em profissional de secretariado, a primeira imagem que surge é a de uma senhora de aparência muito cuidada, de tailleur, salto alto, bem maquilhada, cabelo arranjado. Rapidamente se associa esta imagem a uma pessoa pouco aventureira, pouco dada a excentricidades, que não gosta de emoções fortes; uma pessoa amorfa, que não sai da sua redoma - diria até, que não ousa estragar o verniz.

Se em tempos as profissionais de secretariado faziam jus a este tipo de comportamento, nos dias de hoje já não é assim. Andar de salto alto, de tailleur, bem maquilhadas e de cabelo arranjado não é sinal de sermos apáticas, mas este tem sido um rótulo muito difícil de eliminar.

O intenso stress e exigências diárias a que estamos sujeitas muitas vezes impõem que procuremos um escape para combater a pressão diária. E não, não estou a falar de lavores, pintura ou culinária... Um dos escapes ou hobbies mais utilizados nos dias de hoje é o desporto. Cada vez mais ouvimos dizer “vou ao ginásio à hora de almoço”, ou nos cruzamos nas ruas com imensa gente a caminhar ou a correr.

Sempre pratiquei muito desporto (7 dias por semana) e, embora neste momento tenha diminuído a intensidade e frequência devido à maternidade, continuo a ter um desporto de eleição, que pratiquei durante muitos anos. Um desporto muito radical, que tenho a certeza que ninguém imaginaria que uma profissional de secretariado ousaria praticar: paraquedismo. Isso mesmo, leram bem.

E se a intenção é mesmo aliviar o stress e descomprimir do dia-a-dia, paraquedismo é o melhor desporto. Há uma célebre frase dentro dos aviões que diz “Só os paraquedistas sabem porque é que os pássaros cantam!”

Deixo-vos uma descrição feita por uma paraquedista amiga, que traduz na perfeição “o que se sente e vive num salto de paraquedas”.

“Há experiências na vida tão arrebatadoras e fascinantes que a língua humana não é suficiente, não chega, para as descrever. As emoções e sentimentos que essas experiências nos dão são tão plenas, tão cheias, tão vívidas, que a capacidade de expressão fraqueja perante a dimensão destes momentos.

É o que se sente e vive num salto de paraquedas.

A pouco mais de 4 mil metros de altura, a porta do avião abre-se e o vento frio e rápido dá imediatamente sinal de que estamos num sítio diferente do nosso mundo!

À beira do avião, prontos para o salto, e a clareza do desafio para o corpo humano torna-se realidade. O medo invade-nos a ansiedade devora-nos...

O nosso corpo vai fazer uma coisa que nunca fez: desafiar a gravidade, a velocidade, a altitude. O corpo cai, em queda livre, a cerca de 230 quilómetros por hora. O mundo em abaixo aproxima-se e a rapidez com que furamos o ar é inacreditável, inesperada, estonteante. É o desafio das forças, é o desafio humano, é o desafio da coragem..... é emocionante...

Depois o paraquedas abre-se num momento curto, imprevisto. E é o silêncio! O silêncio do mundo que se sente, numa descida calma, impressionante, sublime, única…

Não há perspectiva do mundo como a que se vê, se ouve, se sente num salto de paraquedas. É um outro lado do mundo, mais fascinante, mais sublime, mais admirável!”

Depois disto, quem é que se lembra que, quando chegar ao escritório de manhã, tem na secretária uma "to do list" interminável, atas de reuniões para fazer, a organização de uma viagem de negócios...?

Sandra Gaspar, Alumni

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