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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Secretariado: uma profissão em vias de extinção?

Apesar das vozes que têm vindo a falar na extinção desta ocupação profissional, em resultado do desenvolvimento tecnológico e da autossuficiência dos gestores, esta função, ainda que possa não ser a que mais cresce no mercado de trabalho, continua a ser perspetivada como uma boa aposta em termos de empregabilidade. Infelizmente, as ambições de muitos jovens de hoje parecem centrar-se na hipótese de encontrar um emprego gratificante e bem pago logo no início da vida ativa - ora, as carreiras constroem-se, pelo que um percurso profissional nesta área, como noutras, dependerá das competências e de força de vontade das pessoas que a quiserem abraçar.
 
As atuais paisagens competitivas determinam a eficiência das empresas e a sua flexibilidade, o que afeta o conteúdo das funções e as competências detidas pelos seus incumbentes. No caso do Secretariado tem-se assistido à assunção de responsabilidades de crescente exigência, que requerem conhecimentos mais abrangentes e competências técnicas mais específicas - se por um lado todas as áreas de conhecimento que tenham impacto na atividade de uma empresa são relevantes, por outro é importante saber tirar partido dos recursos tecnológicos disponíveis.
 
O facto é que a possibilidade de vir a auferir remunerações competitivas e outras regalias interessantes, pelo menos no que se refere ao secretariado de tipo executivo, está já ao alcance destas pessoas. Aliás, estes são os motivos que têm levado muitos diplomados em áreas de reduzida empregabilidade (sem colocação no ensino ou provenientes de cursos em segmentos saturados) a tentar uma reconversão, optando pelo Secretariado como profissão ou como uma porta de acesso ao mundo empresarial.
 
O Secretariado resistiu já à maior revolução no seu contexto de trabalho: a introdução do computador pessoal. Soube ver as vantagens que esta trazia e tratou rapidamente de se atualizar; o mesmo aconteceu relativamente ao surgimento da Internet. Não parece assim que o desenvolvimento tecnológico promova o seu desaparecimento, se estas pessoas continuarem a saber aproveitar a tecnologia como um recurso que garante melhores desempenhos e produtividade, e como um instrumento que possibilita o enriquecimento da função.

Maria João Borges
Docente das U.C. Práticas de Secretariado e Assessoria
Excerto adaptado da dissertação “O Impacto da Burótica no Perfil Funcional do Secretariado”

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