Sendo um elo de ligação entre as suas chefias e os stakeholders da organização para a qual trabalha, o assistente pessoal detém em seu poder a possibilidade de facilitar ou dificultar estas relações.
Em bom rigor, qualquer técnico de secretariado deverá agir sempre de acordo com as diretrizes que recebe das chefias. O que acontece, por vezes, é que – sendo meramente humanos – estes profissionais tendem a interceder com mais afinco pelas pessoas que os tratam de forma respeitosa e que lhes dão informações mais detalhadas sobre aquilo que pretendem tratar com as suas chefias. E, se um(a) assistente quiser dificultar o acesso à respetiva chefia, fá-lo-á – com sucesso!
Ora, não é preciso ser um “cão de fila” para proteger o tempo das chefias, pois, barrar o acesso a estas, sem motivo, não é opção. Muitas oportunidades poderão, assim, ser perdidas e muitas ligações quebradas.
Do ponto de vista de alguém que faz atendimento, algo tão simples como perceber que a outra pessoa o(a) respeita é suficiente para impulsionar o início de uma relação profissional de sucesso. E à medida que a relação de um fornecedor/parceiro/subordinado com um(a) assistente pessoal melhora, a relação com a respetiva chefia também se torna mais forte. A meu ver, isto acontece porque as chefias sabem que contam com profissionais leais e de confiança, e acreditam que o input que recebem dos mesmos é relevante. Diria até fulcral.
Assim, um(a) assistente pessoal pode, na verdade, ser a chave para o sucesso de uma relação entre empresas. Para além disso, o secretariado também deve assumir uma postura cordial e profissional com todo o tipo de pessoas: gestores, vendedores ou colegas. Afinal, nunca se sabe em que circunstâncias voltará a cruzar-se com estas pessoas e se estas terão a hipótese de interceder a seu favor.
Resumindo: “never burn bridges”!
Andreia Gonçalves (Finalista).
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