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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Expandindo fronteiras: A atuação dos profissionais de Secretariado nas universidades públicas brasileiras – Parte 2

Publicamos hoje a segunda parte do artigo da Fernanda Leal.
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No artigo anterior abordamos a forma de ingresso dos secretários executivos nas universidades públicas brasileiras e suas perspectivas de atuação nesse contexto. Neste momento, trataremos dos principais desafios e oportunidades inerentes à carreira desse profissional no Serviço Público.

Desafios, oportunidades e carreira profissional
Um desafio que o secretário executivo de uma universidade pública poderá vivenciar deve-se ao fato de que muitos gestores desconhecem suas atribuições, por tratar-se de um cargo recentemente criado. Isso pode induzir o órgão de Gestão de Pessoas a alocá-lo em um setor inadequado para o seu perfil, ou levá-lo a desempenhar atividades inferiores à sua capacidade, o que poderá afetar sua motivação. Nesses casos, muitos profissionais solicitam transferência para outros setores da instituição, onde possam desempenhar papeis que lhes tragam um maior nível de satisfação profissional.

É fato que a amplitude de atuação do secretário executivo dependerá, em parte, da estrutura e natureza da organização e da forma de administração dos líderes. Eles serão os principais responsáveis por definir a forma de assistência a ser desempenhada pelo profissional. No entanto, para que ele possa desempenhar um papel relevante nesse contexto, é igualmente importante que esteja ciente de sua função no ambiente organizacional, em que a resiliência, o bom senso na tomada de decisão, o empreendedorismo e o empenho no desenvolvimento de novas competências são elementos fundamentais.

O grande diferencial dessa carreira é a estabilidade. A não ser que cometa uma ilegalidade, ele dificilmente será demitido após sua aprovação no estágio probatório. Essa segurança inexiste na esfera privada, onde mesmo profissionais competentes estão expostos às diversas inseguranças do competitivo mundo organizacional. Contudo, essa mesma estabilidade pode causar conforto excessivo e desmotivar o secretário a buscar novas oportunidades profissionais.

Para os interessados em qualificar-se continuamente, no entanto, não há ambiente mais propício ao desenvolvimento profissional e pessoal do que a universidade. Além de fácil acesso a eventos acadêmicos e palestras gratuitas de todos os campos do conhecimento, as próprias universidades e escolas do Governo oferecem cursos de capacitação a esses profissionais, cujos diplomas resultam na progressão da carreira (aumento salarial de 3,6% a cada 1 ano e meio). Igualmente, há incentivo financeiro para participação em cursos e eventos relacionados ao cargo, como congressos nacionais e internacionais de Secretariado e especializações na área.

Em termos de plano de carreira, o profissional com qualificação superior à exigida tem direito um relevante aumento salarial, sendo 30% para especialização, 52% para mestrado e 72% para doutorado. Além disso, servidores estudantes têm direito a horário especial de trabalho, afastamento com salário para qualificação (máximo de 2 anos para mestrado e 4 anos para doutorado) ou capacitação (máximo de 3 meses a cada 5 anos).

Apesar desses incentivos, infelizmente o piso salarial é relativamente baixo (aproximadamente R$ 3300 ou € 1100), limitante a profissionais que almejam altos cargos e altos salários. Para estes, trabalhar em uma grande multinacional privada, que pode proporcionar salário de até R$ 15000 (ou € 5000) pode ser mais atraente.

Em busca do melhor ambiente profissional para si
A perspectiva de atuação para o Secretário Executivo nas universidades públicas brasileiras é altamente promissora, devido ao intenso processo de expansão que essas instituições vivenciam, que resulta no aumento do nível de complexidade de seus processos de trabalho. Cabe ao profissional encontrar recursos que o transforme em um elemento cada vez mais estratégico, de modo a promover resultados positivos para a organização e para a si.

Ele deverá escolher o ambiente profissional mais adequado partir de seu perfil profissional e competências. Seja empresa privada, universidade pública ou negócio próprio, o importante é estar inserido em um contexto que lhe traga motivação.
 
Sucesso na jornada!

Fernanda Leal

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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Utilidade do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas

O Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) é uma ferramenta de extrema importância, pois fornece uma grelha transversal que permite uniformizar a autoavaliação que cada um faz sobre as suas competências linguísticas.

Com a globalização e a crescente mobilidade internacional, a perceção correta das competências linguísticas, com o auxílio da grelha de autoavaliação desenvolvida pelo Conselho da Europa, é indiscutivelmente uma vantagem para candidatos e empregadores, dado que providencia uma escala comum e internacional. Esta grelha subdivide-se em três categorias:
- Utilizador elementar (níveis A1 e A2);
- Utilizador independente (níveis B1 e B2);
- Utilizador experiente (níveis C1 e C2);
expressas em 3 dimensões e 5 parâmetros: Compreender (Compreensão oral e Leitura), Falar (Interação oral e Produção oral) e Escrita.

O recurso a este quadro permite assim enunciar, o mais explícita e claramente possível, as capacidades linguísticas de cada candidato, devendo os códigos dos níveis (ex.: B1) ser adicionados da respetiva legenda (ex.: Utilizador Independente), para mais facilmente o empregador poder identificar o conhecimento de um determinado idioma.

Será fundamental para a credibilidade da candidatura que a informação seja prestada de forma responsável e verdadeira, já que as competências serão provavelmente aferidas aquando da entrevista. Um empregador aceitará certamente melhor uma lacuna de conhecimentos, que pode ser ultrapassada, do que ter na equipa uma pessoa desonesta ou tonta.

Sandra Nunes (Estudante do 2.º ano)

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cultural Slip-Ups - Portugal

Partilhamos mais um vídeo realizado pelos estudantes do 3º ano da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial. 

Foi com muito gosto e empenho que integrei o leque de "atores" deste vídeo. Uma experiência memorável :)



Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

Diários da República (Lvii)


Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.

Semana de 30 de maio a 20 de junho de 2014

Declaração de Retificação 30/2014, 18/06/2014
Retifica o Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio, da Presidência do Conselho de Ministros, que aprova um conjunto de medidas de simplificação e modernização administrativa, procedendo à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 4/97, de 9 de janeiro e à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, publicado no Diário da República n.º 91, 1.ª série, de 13 de maio de 2014. Para download siga o link.

Lei n.º 35/2014, 20/06/2014
Assembleia da República. Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas. Para download siga o link

Decreto-Lei n.º 92/2014, 20/06/2014
Ministério da Educação e Ciência
Estabelece o regime jurídico das escolas profissionais privadas e públicas, no âmbito do ensino não superior, regulando a sua criação, organização e funcionamento, bem como a tutela e fiscalização do Estado sobre as mesmas
Para download siga o link

Decreto-Lei 91/2014, 20/06/2014
Transpõe parcialmente a Diretiva n.º 2011/89/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de novembro de 2011, no que se refere à supervisão complementar das entidades financeiras de um conglomerado financeiro, e procede à alteração do regime jurídico do acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril e à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 145/2006, de 31 de julho, que transpôs as Diretivas n.os 2002/87/CE, de 16 de dezembro, e 2005/1/CE, de 9 de março, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho. Para download siga o link.

Susana de Salazar Casanova
Coordenadora da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Secretariado: facilitador ou dificultador?


Sendo um elo de ligação entre as suas chefias e os stakeholders da organização para a qual trabalha, o assistente pessoal detém em seu poder a possibilidade de facilitar ou dificultar estas relações.


Em bom rigor, qualquer técnico de secretariado deverá agir sempre de acordo com as diretrizes que recebe das chefias. O que acontece, por vezes, é que – sendo meramente humanos – estes profissionais tendem a interceder com mais afinco pelas pessoas que os tratam de forma respeitosa e que lhes dão informações mais detalhadas sobre aquilo que pretendem tratar com as suas chefias. E, se um(a) assistente quiser dificultar o acesso à respetiva chefia, fá-lo-á – com sucesso!


Ora, não é preciso ser um “cão de fila” para proteger o tempo das chefias, pois, barrar o acesso a estas, sem motivo, não é opção. Muitas oportunidades poderão, assim, ser perdidas e muitas ligações quebradas.

Do ponto de vista de alguém que faz atendimento, algo tão simples como perceber que a outra pessoa o(a) respeita é suficiente para impulsionar o início de uma relação profissional de sucesso. E à medida que a relação de um fornecedor/parceiro/subordinado com um(a) assistente pessoal melhora, a relação com a respetiva chefia também se torna mais forte. A meu ver, isto acontece porque as chefias sabem que contam com profissionais leais e de confiança, e acreditam que o input que recebem dos mesmos é relevante. Diria até fulcral.

Assim, um(a) assistente pessoal pode, na verdade, ser a chave para o sucesso de uma relação entre empresas. Para além disso, o secretariado também deve assumir uma postura cordial e profissional com todo o tipo de pessoas: gestores, vendedores ou colegas. Afinal, nunca se sabe em que circunstâncias voltará a cruzar-se com estas pessoas e se estas terão a hipótese de interceder a seu favor.

Resumindo: “never burn bridges”!

Andreia Gonçalves (Finalista).

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domingo, 22 de junho de 2014

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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Paris

Paris, capital da França, situada nas margens do rio Sena, tem uma população de cerca de 2 200 000 habitantes. A sua área metropolitana é um dos maiores centros populacionais europeus, com mais de 12 milhões de habitantes. Por volta do século XII, Paris tornou-se um dos principais centros artísticos e de ensino da Europa, permanecendo a maior cidade do mundo ocidental até fins do século XVIII. Atualmente, Paris continua a ser uma das principais capitais do mundo, com influentes centros de decisão política, económica, científica e cultural.

Língua – Francês   
Moeda – Euro
Clima – Clima Temperado (temperaturas médias)
Como ChegarAeroporto de Orly e Aeroporto Charles De Gaulle (acessos).
Alojamento – Oferta hoteleira de qualidade, rica e diversificada (consultar).
Transportes – A cidade é servida por uma rede de metropolitano e por outros transportes públicos.
Restaurantes - Ampla oferta culinária, nacional e internacional (consultar o diretório)
Centros de Congressos - consultar o diretório.
Principais Atrações Culturais – Torre Eiffel; Arco do Triunfo; Champs-Élysées; Museu do Louvre; Basílica de Sacré Cœur; A Catedral de Notre-Dame; Museu de Orsay; Palácio dos Inválidos, Palácio de Versalhes; Disneyland Resort Paris (para mais informações, consultar o diretório).

Indicações Genéricas de Âmbito Cultural:
O aperto de mão é a forma comum de saudação. Os primeiros nomes são reservados para a família e amigos íntimos. Aguarde sempre pelo convite para usar o primeiro nome. A fórmula de cortesia habitual ao entrar num estabelecimento é “bonjour” ou “bonsoir”, seguido do título honorífico “Monsieur” ou “Madame”, usando-se “au revoir” na despedida. O mundo empresarial em França é pautado pela cortesia e por um certo grau de formalidade. O respeito e confiança mútuos são necessários ao bom andamento dos negócios. Se não falar francês, um pedido de desculpas e a utilização ocasional de algumas frases-chave ajudarão a desenvolver um bom relacionamento profissional, demonstrando um interesse a longo prazo. Criar uma rede pessoal de alianças é algo extremamente importante. Ao negociarem, os franceses podem, por vezes, parecer excessivamente diretos, já que não receiam fazer perguntas desconfortáveis. Evite afirmações exageradas, uma vez que a hipérbole é pouco apreciada.


Representação Diplomática de PortugalConsulado Geral de Portugal em Paris


Guia para o visitantehttp://www.parisinfo.com/
 
Sara Diogo (Estudante do 2º ano)

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vídeo Cultural Slip-Ups - China | Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

Cultural Slip-Ups - China é um dos vídeos que foi elaborado pelos estudantes do 3º ano, de Secretariado e Comunicação Empresarial, para o seminário de 2014, inserido na semana temática, e que este ano foi subordinado ao tema Great Assistants: Working beyond [your] borders

Algumas razões para vir estudar Secretariado e Comunicação Empresarial na Universidade Europeia:
(1) Está à procura de uma formação universitária e ainda não se decidiu sobre a área que pretende estudar? 
(2) Trabalha na área do secretariado e da assessoria e pretende prosseguir estudos superiores ou progredir na carreira? 
(3) Já tem uma licenciatura e não consegue colocação profissional?

Be SMART!

S  ecretariado engloba cultura geral, línguas, informática, direito, gestão, marketing, economia, comunicação, imagem e relações públicas, gestão documental, protocolo e eventos;
M  ultitasking, resolução de problemas, bom senso, determinação, diplomacia;
A  mbição, autonomia, organização, rigor, criatividade;
R  elevante é ter 90% de empregabilidade;
T  hink big!
Contacte a Coordenadora susana.casanova@europeia.pt e agende uma conversa presencial, venha conhecer o nosso Campus e as nossas atividades.

Bolsa 1ª Opção | 27 de junho de 2014
Todos os novos estudantes têm acesso a uma bolsa a ser aplicada na propina-base do 1º ano, na Universidade Europeia. Ao efetuar a sua inscrição até ao dia 27 de junho, beneficia de uma bolsa que pode representar uma significativa redução da propina.

Merit Students Program
Os estudantes que entrem no 1º ano, pela primeira vez, através do regime normal de ingresso, com média igual ou superior a 15 valores, beneficiarão de um apoio financeiro, no valor de 50% do valor da propina normal.

Bolsas Sociais de Estudo
Em cooperação com a DGES – Direção Geral do Ensino Superior –, a Universidade Europeia ajuda-o com a respetiva candidatura.

Informe-se através do email: elpme@europeia.pt ou contacte-nos por telefone: 808203544 (número azul).

Até breve!
Susana de Salazar Casanova
Coordenadora da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

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segunda-feira, 16 de junho de 2014

À conversa com ... Nina Aunula, Presidente da EUMA Finlândia

Nina Aunula got an International degree in tourism in 1991. She started her career as Communications Assistant at the Prime Minister's Office, where she stayed up to 1997. She then moved to Booz Allen Hamilton as an assistant and then, in 2000, to the Gillette Group Finland Oy as Office Manager/Executive Assistant. She is at Outokumpu Oyj since 2004, having worked there as Office Manager and Executive Assistant within several areas (e.g. Procurement, Legal Affairs, HR, Corporate Affairs, Compliance). She became National Chairman of EUMA Finland in 2012.

Nina Aunula (NA):  Please let me start by thanking my colleagues and EUMA Finland Corporate members from the Haaga Helia University of Applied Sciences. The school provides for educational programs and degrees for Management Assistants in both Finnish and English. We discussed your questions together in order to be able to provide you with the most up-to-date information available.

Maria Joao Borges (MJB): In Portugal, a higher education degree in this area has been offered since 1962. However it seems that less and less people choose this career as a 1st option, even though there are lots of employment opportunities. Is there a similar trend in Finland?
NA: In Finland this field is actually quite popular, especially as the educational programs cater for versatile employment possibilities. The amount of applicants has been quite consistent.  The employment prospects are good – hardly any unemployment among the assistants. The employers value the degree(s) and the trade association and the University itself have been working hard in achieving and maintaining this reputation.

MJB: Initially professions undertaken only by men, positions are now mostly filled by women. Can you estimate a distribution between men and women in Finland?
NA: Very much a female-dominated field still, only 1% men apply for the programs available.

MJB: Is this a well rated profession in terms of the employment outlook for the next, say, 10 years?
NA: The future outlook is very good (relaying on the trade association as well as statistics). The role and the job description itself changes somewhat – more towards coordination, communication, strategy etc.

MJB: Do recruiters and employers look for specific skills? Do they look for technical training or base their choice mostly in soft skills?
NA: Organizational - as well as language skills (preferably additional languages – not only English) are a must, ICT-skills, the right attitude, a proactive mind-set and generally very good interaction skills.

MJB: Do these professionals have to have a specific license or to be part of a trade union in Finland?
NA: No, but the graduates from Haaga-Helia have the right to belong to the Trade Association Aito-HSO and add “HSO” after their BBA title (Bachelor of Business Administration).


MJB: In Portugal, as in some other countries, there is a wide range of names for this profession, which often do not translate into levels of responsibility or autonomy. What is the situation in Finland?
NA: There are some 300 titles in use as we speak, so very broad spectrum indeed. The title reflects the level of responsibility as well as the degree of independency within your role. Quite often, however, the title does not give full justice to your field of expertise and your job description.

MJB: In some countries there is a (somewhat) vigorous debate about the name secretary vs assistant. Is that the case in Finland? Why?
NA:  We don’t believe that the title Secretary is making a come-back, it is far more likely an  title along the lines of ”Management Co-coordinator” would be depicting the role of the assistant in the future.

MJB: How is the virtual dimension of the profession evolving in Finland? Do companies look for virtual assistants?
NA: This is not yet an apparent trend but it is predicted that virtual work is on the rise in the coming years. Some companies are indeed utilizing assistants that work more on a franchising basis.


Maria João Borges
Docente das UC de Práticas de Secretariado e Assessoria

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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Expandindo fronteiras: A atuação dos profissionais de Secretariado nas universidades públicas brasileiras – Parte 1

Publicamos hoje a primeira parte do artigo acima referenciado da Fernanda Leal. 
A Fernanda é secretária executiva e coordenadora de apoio administrativo da Secretaria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis, Brasil. É mestranda em Administração e desenvolve pesquisas na área de gestão por competências, com foco nas competências secretariais requeridas por universidades. Tem especialização em Secretariado - Gestão de Pessoas e Processos, e graduação em Secretariado Executivo e Comércio Exterior. 
Agradeço, desde já, à Fernanda pela sua disponibilidade em colaborar com o Great Assistants.
Susana de Salazar Casanova
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O elevado nível de complexidade a que os sistemas organizacionais contemporâneos foram submetidos induziu diversas profissões a refletirem sobre seu posicionamento no mercado e reconstruírem suas competências, como forma de manterem-se necessárias à eficiência das organizações.

Nesse contexto, o profissional de Secretariado Executivo teve seu perfil quase inteiramente reformulado: ao deixar de desempenhar atividades essencialmente mecânicas, como digitação e distribuição de expedientes, para assumir responsabilidades mais significativas, como gestão de informações e liderança de equipes, ampliou seus níveis de atuação e migrou gradativamente do campo operacional ao estratégico.

No Brasil, esse profissional passou a também atuar nas universidades públicas. O processo iniciou-se em 2005, a partir de quando diversos concursos públicos para o provimento do cargo de Secretário Executivo foram promovidos. Segundo o Ministério da Educação, no segundo semestre de 2013 já havia cerca de 1500 cargos ocupados.

Este cenário nos induz a refletir sobre a forma como as atribuições do profissional de Secretariado foram adequadas ao contexto das universidades. Sabe-se que, por conta da flexibilidade do perfil e suas competências, esse profissional está apto a oferecer múltiplas contribuições a organizações de diferentes naturezas.

Mas qual o impacto e relevância de sua atuação nas universidades públicas? Quais as principais diferenças entre trabalhar em uma empresa e em uma universidade? Como um profissional de Secretariado ingressa nessas instituições e constitui sua trajetória profissional no Serviço Público brasileiro?

Conheça um pouco da carreira neste e em um próximo artigo.

Forma de ingresso e início da carreira
Enquanto processos seletivos de empresas privadas geralmente abrangem entrevistas, testes psicotécnicos e testes práticos relacionados ao setor da empresa em que o profissional atuará, no âmbito das universidades o ingresso é realizado por meio de concurso público. Na maioria dos casos trata-se de prova escrita com temas previstos em edital.

No caso específico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) são 40 questões de múltipla escolha, sendo 15 de língua portuguesa e 25 de conhecimentos específicos da área de Secretariado. A Figura 1 apresenta um exemplo de questão de concurso para o cargo de Secretário Executivo:

Figura 1 – Exemplo de questão de concurso para o cargo de Secretário Executivo













Fonte: UFSC (2011).

Os candidatos aprovados e nomeados dispõem de até 30 dias para apresentar à instituição os documentos requeridos (dentre os quais estão diploma de bacharel em Secretariado Executivo e registro profissional) e, após essa data, de mais 15 dias para assumirem o cargo.

Essa forma de ingresso pode ser vantajosa para profissionais com facilidade para decorar informações ou dificuldade para se expressar oralmente em entrevistas. Todavia, a impessoalidade exigida nos concursos públicos não permite a mensuração de certas competências. Aspectos comportamentais como ética, responsabilidade e bom relacionamento interpessoal, por exemplo, que são essenciais para o bom desempenho de um secretário, são inteiramente desconsiderados.

Tendo assumido o cargo, o profissional entrará em processo de estágio probatório pelos primeiros três anos, quando será avaliado principalmente quanto a assiduidade, disciplina, iniciativa, produtividade, qualidade e responsabilidade. Uma vez aprovado, adquirirá estabilidade e terá direito a todas as vantagens de um cargo público.

Atuação profissional
Um documento expedido pelo Ministério da Educação detalha as atividades típicas do profissional de Secretariado nas universidades públicas brasileiras, sumarizadas na tabela abaixo:

Tabela 1 – Descrição de atividades típicas do cargo de Secretário Executivo
Atividade
Detalhamento

Assessorar direções
Administrar agenda pessoal das direções; despachar com a direção; colher assinatura; priorizar, marcar e cancelar compromissos; definir ligações telefônicas; administrar pendências; definir encaminhamento de documentos; assistir à direção em reuniões; secretariar reuniões.

Atender pessoas
Recepcionar pessoas; fornecer informações; atender pedidos, solicitações e chamadas telefônicas; filtrar ligações; anotar e transmitir recados; orientar e encaminhar pessoas; prestar atendimento especial a autoridades e usuários diferenciados.

Gerenciar informações
Ler documentos; levantar informações; consultar outros departamentos; criar e manter atualizado banco de dados; cobrar ações, respostas, relatórios; controlar cronogramas, prazos; direcionar informações; acompanhar processos; reproduzir documentos; confeccionar clippings.


Elaborar documentos
Redigir textos, inclusive em idioma estrangeiro; pesquisar bibliografia; elaborar relatórios; digitar e formatar documentos; elaborar convites e convocações, planilhas e gráficos; preparar apresentações; transcrever textos; taquigrafar ditados, discursos, conferências, palestras, inclusive em idioma estrangeiro; traduzir em idioma estrangeiro, para atender às necessidades de comunicação da instituição.
Controlar correspondência
Receber, controlar, triar, destinar, registrar e protocolar correspondência e correspondência eletrônica (e-mail); controlar malote.

Organizar eventos e viagens
Estruturar o evento; fazer check-list; pesquisar local; reservar e preparar sala; enviar convite e convocação; confirmar presença; providenciar material, equipamentos e serviços de apoio; dar suporte durante o evento; providenciar diárias, hospedagem, passagens e documentação legal das direções (passaporte, vistos).
Supervisionar equipes de trabalho
Planejar, organizar e dirigir serviços de secretaria; estabelecer atribuições da equipe; programar e monitorar as atividades da equipe.

Arquivar documentos
Identificar o assunto e a natureza do documento; determinar a forma de arquivo; classificar, ordenar, cadastrar e catalogar documentos; arquivar correspondência; administrar e atualizar arquivos.
Fonte: MEC (2005)
 
As atividades descritas no documento tanto enquadram-se às previstas na lei que regulamenta a profissão no Brasil, quanto parecem mais atualizadas e realistas. Apesar da amplitude da lista, que serve como base para todas as universidades, sabe-se que cada uma dessas organizações apresenta particularidades oriundas do seu contexto cultural e socioeconômico, e, portanto, exigirá diferentes competências desses profissionais.

Alguns estudos preliminares demonstram que as atribuições dos secretários das universidades têm estado mais relacionadas às demandas dos setores nos quais trabalham do que ao cargo que ocupam. De modo geral, atribuições com maior nível de responsabilidade e complexidade, mais coerentes com o perfil atualmente instituído para esse profissional, são desenvolvidas por secretários que ocupam funções ou cargos administrativos, como coordenador ou diretor.

Tanto setores da Administração Central quanto das faculdades podem ser atraentes para secretários em busca de desafios profissionais. No primeiro caso, a atuação está mais voltada para a assessoria a gestores de alto escalão. No segundo, o nível de autonomia tende a ser maior. Frequentemente eles são responsáveis por toda a parte administrativa de coordenadorias de cursos, departamentos de ensino e coordenadorias de pós-graduação.

Evidencia-se que, de modo geral, a capacidade empreendedora e o caráter multifuncional que compõem o perfil dos secretários executivos lhes têm permitido desempenhar um relevante papel na gestão das universidades brasileiras, que vivenciam um cenário de intensa expansão.
No próximo artigo abordaremos a carreira, bem como os principais desafios e oportunidade que o profissional de Secretário Executivo encontrará nessas instituições.
 
Nota: a segunda parte deste artigo será publicada no dia 30 de junho de 2014.

Fernanda Leal