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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Voluntariado e Responsabilidade Social

De acordo com o art.º 3.º da Lei n.º 71/98, de 3 de novembro, o voluntariado traduz-se na “(…) acção de um indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e no seu tempo livre, a realizar acções de voluntariado no âmbito de uma organização promotora". Quanto ao conceito de Responsabilidade social, em 2001 a Comissão das Comunidades Europeias definiu-a como a “Integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na sua interacção com outras partes interessadas”.

Embora correta, esta descrição do voluntariado é, na minha opinião, um pouco crua, fria e vaga, pois o voluntariado vai para além do desinteresse monetário e do compromisso de forma livre. É uma atitude solidária, nobre, humilde e de grande generosidade gratuita por parte do Ser Humano para com as pessoas, instituições e comunidades que apresentam necessidades a diversos níveis. Mas necessitadas de quê e porquê? Necessitadas simplesmente de mão de obra? Necessitadas porque não têm recursos financeiros para contratar um colaborador? A resposta a estas questões é negativa, pois as instituições e a comunidade são necessitadas de ações e de sentimentos que o dinheiro não pode pagar. Necessitadas de inovação, dinamismo, atenção, cooperação, dedicação e amor a causas em troco de nada…nem recompensas nem compensações! Aqui temos um significado mais humano da palavra voluntariado.

Tanto as instituições como as empresas que recorrem ao recrutamento de voluntários demonstram perante a sociedade civil responsabilidade social para com os outros, a sociedade e para com o próprio meio ambiente.

Desta forma, o voluntariado é de grande importância para as IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, tais como hospitais, lares de idosos, creches, entre outras. É através do voluntariado que as instituições conseguem demonstrar o sentimento de responsabilidade civil, bem como colmatar algumas necessidades, sem ter de recorrer ao financiamento e recrutamento de profissionais. Os voluntários inscrevem-se e são selecionados através de uma entrevista para, assim, serem recrutados e redirecionados para uma área adequada ao seu perfil. Esta pré-seleção é importante, pois o perfil do voluntário tem que se adaptar às regras, à filosofia, aos valores e ao funcionamento da Instituição. Tanto os voluntários como as Instituições que os acolhem têm deveres, obrigações e responsabilidades.


Sílvia Pedrosa (Estudante do 3.º ano)

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