Ingressei no curso de secretariado no ano de 2008, com 18 anos. Penso que este facto é importante referir, uma vez que finalizei o secundário e fui diretamente para o ISLA Campus Lisboa, certíssima de que o curso de Secretariado e Comunicação Empresarial tinha sido a escolha perfeita. O curso era composto por disciplinas de caráter realmente muito interessante e de relevo para a minha vida futura.
Sempre me considerei uma pessoa tímida e insegura. Nunca fui de participar nas aulas a não ser que os professores me perguntassem algo. No entanto, neste curso apercebi-me desde cedo que esse comportamento não poderia ser adotado.
Logo no 1.º Semestre do 1.º ano, deparei-me com a U.C. Técnicas de Comunicação e Expressão, bastante interessante, mas que exigia que todos os alunos participassem, criassem e lessem os seus textos para a turma, e até que fizessem apresentações individuais de meia hora. Teria realmente que me esforçar para ultrapassar o nervosismo e insegurança de falar em público (algo que me acompanhou desde que me lembro de apresentar trabalhos). Mas foi a U.C. de Práticas de Secretariado e Assessoria uma das que mais contribuiu para a minha transformação pessoal.
Recordo-me que, na primeira aula, a Prof.ª Maria João Borges perguntou a todos os alunos a sua idade e se já tinham tido contacto com o mundo profissional. Eu era das poucas pessoas, senão a única, que nunca tinha feito nada a nível profissional e muito menos tido contacto com o meio empresarial. Nas aulas seguintes observei que a Professora exigia a participação e opinião de todos os alunos sobre vários factos a nível profissional. Todos os meus colegas sabiam, muitos por experiência própria, ao que a Professora se estava a referir. Pensava, insegura de mim, que quando ingressasse numa organização não iria saber fazer nada.
A partir de certa altura, e principalmente no 3.º ano da licenciatura, comecei a sentir que teria que me libertar e deixar de pensar no que me atormentava. Teria sim que enfrentar a situação. Comecei a intervir nas aulas sempre que achava oportuno e a escutar os comentários da Professora. Comecei igualmente a colocar questões que outrora tinha receio de introduzir por parecerem ter respostas demasiado óbvias.
Acredito que o que nos permite uma boa conduta no mundo profissional são a ética e o bom senso, adicionados de brio, educação, proatividade e muita força de vontade. Os conhecimentos técnicos e académicos também ajudam, claro! E a experiência só nos ajuda a lidar melhor com situações que eventualmente possam surgir.
Hoje sei que a minha insegurança não tinha razão de ser. Mesmo sem experiência, consegui vingar: aprendi e absorvi muita informação nova com que só temos contacto no mundo laboral e na própria organização. Honestamente, hoje sinto-me segura das minhas capacidades, tanto a nível pessoal como a nível intelectual, graças ao esforço que fiz para enfrentar os meus medos e inseguranças.
Ana Isabel Carreiras (Alumni)
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