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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Metodologia das Ciências Sociais: As duas faces de Janus e a importância de criar o próprio futuro académico

 


A Unidade Curricular (UC) Metodologia das Ciências Sociais (MCS) continua a ser uma das disciplinas mais queridas e mais abominadas no primeiro ano das licenciaturas. Aqui e ali, não é raro encontrar-se testemunhos de estudantes que, ou louvam o que aprenderam em MCS, ou pura e simplesmente continuam sem perceber, sequer, a utilidade de frequentarem essa Unidade Curricular.

Tal e qual Janus, o deus romano que deu origem ao mês de janeiro, parece que a UC MCS tem duas faces, uma olhando para a frente e outra para trás, onde o sucesso e o insucesso escolar, e o amor e o ódio, se encontram quase sempre nas duas faces dessa mesma moeda. Bem entendido, parece-me que o grande problema da UC MCS é o facto de, bastas vezes, a sua enorme utilidade não ser inteiramente compreendida.





Afinal, para que serve a UC MCS? A resposta pode ser bem mais extensa e aprofundada do que aquela que aqui daremos, mas se quisermos simplificar as coisas, reduzindo a nossa argumentação à mais elementar justificação, creio que poderemos dizer o seguinte: a UC MCS serve exatamente para que os estudantes adquiram as competências necessárias em ordem a realizarem, no domínio das Ciências Sociais, investigações científicas e trabalhos de investigação com qualidade, rigor e competência.

Será útil adquirir essas competências? Sem qualquer dúvida, é o que defendemos. Essas competências são absolutamente essenciais para que os estudantes desenvolvam – seja ao longo da Licenciatura, seja até mais tarde, ao nível de um Mestrado ou de um Doutoramento – investigações acreditadas, sérias e pertinentes. Num tempo em que “o saber deve converter-se em capacidade” tal como Clausewitz já nos alertava no seu Da Guerra, é importante que os estudantes e demais comunidade académica estejam alertados para a necessidade de, todos juntos, lutarmos por um Ensino exigente e de prestígio, numa Escola de confiança.

Os professores desempenham aqui um papel importantíssimo porque, em grande medida, são eles que realmente podem fazer e potenciar a diferença. Não só relativamente à forma de encarar esta UC, mas também todas as outras UC; seja pela procura de uma alteridade assente em exemplos pessoais de independência, de inconformismo e de empenho, seja pela conquista dos estudantes através da exortação da sua vontade de vencer e do seu interesse em saber mais.

Abordar o processo de investigação em Ciências Sociais, desde a formulação do problema até à redação do trabalho final, passando pela constituição da amostra e escolha dos métodos e técnicas mais apropriadas para a recolha e tratamento dos dados, é, a todos os títulos, um desafio cada vez mais importante nos currículos das licenciaturas.

Disse um dia Peter Drucker (o “pai da Gestão”) que “a melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. A competitividade do mundo contemporâneo exige que, desde muito cedo, preparemos e criemos esse futuro. Desenvolver competências de análise, espírito crítico e tomada de decisão na UC MCS, são, a nosso ver, vantagens competitivas que não podem ser dispensadas, sob pena de hipotecarmos oportunidades futuras no nosso percurso académico e profissional.  É tempo de desmistificar a UC MCS e de agarrar esse futuro. Tal como na última frase da Ética, “vamos, portanto, começar”.
 


David Miguel Pascoal Rosado
Coordenador Científico GSPC e Coordenador da UC MCS
ISLA Campus Lisboa | Laureate International Universities

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