O Secretariado foi uma opção estratégica, pois ao longo do ensino secundário não descobri a minha vocação.
Uma professora de História do 11.º ano sugeriu-me, face à minha personalidade, que o Curso Superior de Secretariado talvez fosse um caminho a considerar. Como gostava de línguas estrangeiras e era muito organizada, achei a sugestão razoável, pois não podia parar à espera de descobrir essa vocação - optar por um curso com grande saída profissional permitir-me-ia começar a trabalhar e, depois, se o quisesse, ser capaz de autofinanciar outra formação superior.
Os meus pais tinham outras ambições para mim, mas insisti e, após estudar a oferta formativa disponível, escolhi o ISLA, cujo prestígio na área era inquestionável. O curso era interessante, com matérias muito diversificadas e metodologias extremamente modernas para a época, apostando fortemente nas vertentes do saber-fazer e saber-estar. Em 1986 já tinha aulas de Informática, a par de disciplinas como Direito, Contabilidade, Cálculo Comercial e Financeiro, Geografia Económica e Política ou Organização de Empresas.
Sempre recorri ao ISLA e fui apoiada por este na procura de colocações. E desde a minha primeira experiência profissional, em 1987, percebi que o bacharelato preparava os estudantes para o exercício cabal da profissão, dando-lhes uma visão integrada das organizações e dotando-os da possibilidade de mobilidade horizontal. Não creio, 25 anos mais tarde (e com mais 5 anos de formação superior frequentada também no ISLA), que estas características estruturais tenham mudado.
Se voltasse atrás, faria as mesmas opções? Creio que sim, pois não tive arrependimentos. Mesmo tendo já apostado noutras carreiras profissionais, a minha formação de base sempre me proporcionou uma vantagem competitiva, que, adicionada da vontade de aprender, do brio e da autodisciplina, me facilitou desempenhos de qualidade.
Maria João Borges
Docente UC Práticas de Secretariado e Assessoria
Alumni
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