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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Criatividade e Pensamento Crítico: Porquê?

Vivemos numa época de mudanças rápidas e acentuadas, onde as carreiras pessoais não são indiferentes. O Gabinete de Estatística da União Europeia lançou recentemente alguns dados que apontam para níveis de desemprego com novos recordes um pouco por toda a zona europeia. Portugal aparece na lista dos países com taxas de desemprego mais elevadas, com particular incidência nas camadas mais jovens da população (com idade inferior a 25 anos), afetando cerca de 38.3% dos jovens. Estas estatísticas refletem uma realidade marcada por percursos de carreira cada vez mais instáveis e descontínuos.

Neste cenário de instabilidade, incerteza e imprevisibilidade, o desafio que se coloca aos estabelecimentos de ensino superior é apoiar os alunos no desenvolvimento de competências que lhes permitam uma adaptação mais favorável a estas novas realidades. Pretende-se que as universidades ajudem os seus alunos a olhar para as mudanças que ocorrem não apenas como crises, mas sobretudo como desafios, mobilizando-os para a ação, seja esta de caráter pontual ou, idealmente, continuada e sustentável no tempo.

Tendo em consideração o suprarreferido, a Universidade Europeia integra, no plano de estudos dos seus diferentes cursos, a unidade curricular (UC) de Criatividade e Pensamento Crítico. Esta UC foi concebida pela professora Doutora Diana Dias e é lecionada por mim no curso de Secretariado e Comunicação Empresarial.

O objetivo último desta UC é dotar os alunos de competências que lhes permitam conhecer-se melhor a si próprios, criar novos paradigmas e pensar de forma rigorosa e crítica, mas pessoal e socialmente relevante. Pretende-se, deste modo, promover conhecimentos e competências essenciais para que o estudante se torne capaz de justificar a importância da criatividade e do pensamento crítico no âmbito da sua futura atividade profissional, reconhecendo os processos psicológicos básicos nela envolvidos. Para tal, toda a estrutura curricular foi concebida de modo a que o estudante treine diferentes capacidades mentais, nomeadamente a atenção, a concentração, a memória, o raciocínio (verbal, espacial, numérico, abstrato e mecânico) e o pensamento lateral. Explora-se, ainda, competências ao nível do seu pensamento crítico e criatividade, através da implementação de técnicas de promoção da criatividade e do treino da sua capacidade de argumentação.

O trabalho prático da UC consiste na elaboração de um Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), no qual os alunos são convidados a refletirem de modo crítico sobre si próprios, em termos das suas capacidades mentais. 

Pretende-se, deste modo, promover a flexibilidade cognitiva e a criatividade, salientando a importância das mesmas nas diferentes arenas da vida. O PDP permite, ainda, ajudar os alunos a conhecer as suas qualidades e os seus pontos frágeis e, consoante o grau de consciência destes aspetos, projetar estratégias de promoção e desenvolvimento das mesmas, transformando as suas competências, reciclando os seus conhecimentos e definindo objetivos de carreira a curto, médio e longo prazo, a nível escolar e profissional. Tal traduzir-se-á num desenvolvimento sólido de trajetórias saudáveis e benéficas para a pessoa, a organização e a sociedade em geral.

Liliana Faria
Professora Auxiliar da Universidade Europeia

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