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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ideas to help students get organized


Diários da República (xxxvi)


Semana de 23 a 27 de dezembro
 
Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/2013, 23/12/2013
Presidência do Conselho de Ministros. Aprova a Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020. Para download siga o link

Portaria n.º 365/2013, 23/12/2013
Ministério das Finanças. Aprova os novos modelos de impressos a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS. Para download siga o link

Decreto-Lei n.º 165-A/2013
, 23/12/2013
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Cria o Fundo de Reestruturação do Sector Solidário. Para download siga o link

Portaria n.º 369/2013, 26/12/2013
Ministério das Finanças. Fixa a taxa a pagar pelas empresas de seguros e entidades gestoras de fundos de pensões, a favor do Instituto de Seguros de Portugal, para o ano de 2014. Para download siga o link

Portaria n.º 371/2013, 27/12/2013
Ministério das Finanças. Aprova as novas instruções de preenchimento da declaração modelo 39 «Rendimentos e retenções a taxas liberatórias» e revoga as anteriores, aprovadas pela Portaria n.º 414/2012, de 17 de dezembro. Para download siga o link

Portaria n.º 372/2013, 27/12/2013
Ministério das Finanças. Aprova a declaração modelo 30 para cumprimento da obrigação declarativa a que se refere o n.º 7 do artigo 119.º do Código do IRS e o artigo 128.º do Código do IRC e respetivas instruções de preenchimento. Para download siga o link.
 
Portaria n.º 373/2013, 27/12/2013
Ministério das Finanças
Aprova as instruções de preenchimento da declaração Modelo 13 e revoga a Portaria n.º 415/2012, de 17 de dezembro. Para download siga o link

Portaria n.º 375/2013, 27/12/2013
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Primeira alteração à Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, que cria a medida Estágios Emprego. Para download siga o link.

Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Algumas tradições de Natal na União Europeia


O Natal aproxima-se e em cada casa, um pouco por toda a Europa, as tradições de cada Estado vão emergindo novamente, ano após ano. Esta é uma época de paz e de harmonia e que deve ser vivida dessa forma.

Em Portugal é comum as famílias se reunirem no dia 24, dia de Consoada. A tradição dita que em cada lar, as famílias degustem bacalhau cozido ou peru, além das rabanadas, filhós e bolo Rei. A celebração religiosa é marcada com a Missa do Galo, na noite de 24. A troca de presentes, inserida nas celebrações, acontece ou depois da meia-noite, ou na manhã do dia de Natal.

No nosso país, tal como em Espanha, as celebrações natalícias têm início a 8 de Dezembro. A noite de Consoada em Espanha designa-se de “Nochebuena” e, também, há a tradição de se efetuarem reuniões familiares. Contudo, no país vizinho, os presentes só se trocam a 6 de Janeiro. Já na Suécia, o “tomte” (gnomo) é a figura indispensável durante a quadra e é quem tem a incumbência de distribuir os presentes. No Chipre e na Grécia partilham-se os presentes no dia da festa de S. Basílio. Na República Checa celebra-se o feriado de S. Nicolau “Svaty Mikalas”, por tradição o momento que marca o início da época (6 de Dezembro) e encerra com a visita dos três Reis a 6 de Janeiro.

Na Alemanha, da mesa de Natal fazem parte as famosas salsichas “wurst” e a salada de batata. No Reino Unido, a tradição exige o “Christmas Pudding”, que é preparado com relativa antecedência. 

Na Dinamarca dá-se preferência ao uso de tulipas e de jacintos nas decorações de Natal. Na Hungria, a tradicional árvore de Natal é decorada recorrendo-se a rebuçados recheados e embrulhados em papel brilhante. É ainda costume organizarem-se presépios com crianças representando figuras bíblicas.

Na Áustria, em várias cidades, existe a tradição de se organizarem “mercados do menino Jesus”. No Luxemburgo, no dia de Natal, realizam-se concertos nas praças e nos jardins. Em Itália, em Nápoles, no “Museu de Certosa de S. Marino” existe uma extraordinária coleção de Presépios antigos. Na Finlândia, na Lapónia, situa-se a famosa “Korvatunturi”, a casa do Pai Natal, construída em 1927. Sugestões a não perder para quem, eventualmente estiver de férias por estas zonas da Europa.

Deixo a indicação de como podemos expressar Boas Festas, profissionalmente, nos 27 Estados-Membros da União Europeia: Bélgica: Joyeux Noël ou Prettige Kerstfeest; Bulgária: Vessela Koleda; República Checa: Veselé Vánoce; Dinamarca: Gloedelig Jul; Alemanha: Frohe Weihnachten, Estónia: Häid Jõule; Irlanda: Merry Christmas; Grécia: ΚΑΛΑ ΧΡΙΣΤΟΥΓΕΝΝΑ; Espanha: Feliz Navidad; França: Joyeux Noél; Itália: Buon Natale; Chipre: KAΛA XPIΣTOYΓENNA; Letónia: Priecīgus Ziemassvētkus; Lituânia: Laimingų Kalėdų; Luxemburgo: Joyeux Noél ou Frohe Weihnachten; Hungria: Kellemes Karácsonyi Ünnepeket; Malta: il-Milied it- Tajjeb; Países Baixos: Prettige Kerstfeest; Áustria: Frohe Weihnachten; Polónia: Wesolych Świąt Bożego Narodzenia; Roménia: Crăciun Fericit; Eslovénia: Vesel božič; Eslováquia: Veselé Vianoce; Finlândia: Hyvää Joulua; Suécia: God Jul; Reino Unido: Merry Christmas.

Muito Boas Festas é o que desejamos a todos os leitores deste espaço!

Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

Diários da República (xxxv)


Semana de 16 a 20 de dezembro
 
Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.

Portaria n.º 363/2013, 20/12/2013
Ministério das Finanças. Aprova a declaração Modelo 10 do IRS e do IRC e respetivas instruções de preenchimento e revoga a Portaria n.º 314/2011, de 29 de dezembro. Para download siga o link.

Mapa Oficial 1-A/2013 1.º Suplemento, 13/12/2013
Mapa oficial dos resultados das eleições gerais para os órgãos das autarquias locais de 29 de setembro de 2013. Para download siga o link


Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial


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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Criatividade e Pensamento Crítico: Porquê?

Vivemos numa época de mudanças rápidas e acentuadas, onde as carreiras pessoais não são indiferentes. O Gabinete de Estatística da União Europeia lançou recentemente alguns dados que apontam para níveis de desemprego com novos recordes um pouco por toda a zona europeia. Portugal aparece na lista dos países com taxas de desemprego mais elevadas, com particular incidência nas camadas mais jovens da população (com idade inferior a 25 anos), afetando cerca de 38.3% dos jovens. Estas estatísticas refletem uma realidade marcada por percursos de carreira cada vez mais instáveis e descontínuos.

Neste cenário de instabilidade, incerteza e imprevisibilidade, o desafio que se coloca aos estabelecimentos de ensino superior é apoiar os alunos no desenvolvimento de competências que lhes permitam uma adaptação mais favorável a estas novas realidades. Pretende-se que as universidades ajudem os seus alunos a olhar para as mudanças que ocorrem não apenas como crises, mas sobretudo como desafios, mobilizando-os para a ação, seja esta de caráter pontual ou, idealmente, continuada e sustentável no tempo.

Tendo em consideração o suprarreferido, a Universidade Europeia integra, no plano de estudos dos seus diferentes cursos, a unidade curricular (UC) de Criatividade e Pensamento Crítico. Esta UC foi concebida pela professora Doutora Diana Dias e é lecionada por mim no curso de Secretariado e Comunicação Empresarial.

O objetivo último desta UC é dotar os alunos de competências que lhes permitam conhecer-se melhor a si próprios, criar novos paradigmas e pensar de forma rigorosa e crítica, mas pessoal e socialmente relevante. Pretende-se, deste modo, promover conhecimentos e competências essenciais para que o estudante se torne capaz de justificar a importância da criatividade e do pensamento crítico no âmbito da sua futura atividade profissional, reconhecendo os processos psicológicos básicos nela envolvidos. Para tal, toda a estrutura curricular foi concebida de modo a que o estudante treine diferentes capacidades mentais, nomeadamente a atenção, a concentração, a memória, o raciocínio (verbal, espacial, numérico, abstrato e mecânico) e o pensamento lateral. Explora-se, ainda, competências ao nível do seu pensamento crítico e criatividade, através da implementação de técnicas de promoção da criatividade e do treino da sua capacidade de argumentação.

O trabalho prático da UC consiste na elaboração de um Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), no qual os alunos são convidados a refletirem de modo crítico sobre si próprios, em termos das suas capacidades mentais. 

Pretende-se, deste modo, promover a flexibilidade cognitiva e a criatividade, salientando a importância das mesmas nas diferentes arenas da vida. O PDP permite, ainda, ajudar os alunos a conhecer as suas qualidades e os seus pontos frágeis e, consoante o grau de consciência destes aspetos, projetar estratégias de promoção e desenvolvimento das mesmas, transformando as suas competências, reciclando os seus conhecimentos e definindo objetivos de carreira a curto, médio e longo prazo, a nível escolar e profissional. Tal traduzir-se-á num desenvolvimento sólido de trajetórias saudáveis e benéficas para a pessoa, a organização e a sociedade em geral.

Liliana Faria
Professora Auxiliar da Universidade Europeia

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Diários da República (xxxiv)


Semana de 9 a 13 de dezembro
Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.
 
Lei n.º 83/2013, 09/12/2013
Assembleia da República. Procede à segunda alteração à Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2013), à alteração do Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho (Estatuto dos Benefícios Fiscais), e à terceira alteração aoDecreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de novembro (Regime Especial de Tributação dos Rendimentos de Valores Mobiliários Representativos de Dívida). Para download siga o link

Portaria 358-A/2013 1.º Suplemento, 12/12/2013
Aprova o modelo da participação de rendas previsto no n.º 7 do artigo 15.º-N do Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, aditado pela Lei n.º 60-A/2011, de 30 de novembro, e alterado pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro, e o respetivo anexo 1, bem como as correspondentes instruções de preenchimento. Para download siga o link

Portaria n.º 359/2013, 13/12/2013
Ministério das Finanças. Aprova os modelos de fichas de autoavaliação e avaliação do desempenho na Administração Pública, as listas de competências e revoga a Portaria n.º 1633/2007, de 31 de dezembro. Para download siga o link.

Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

À conversa com... Inge-Lise Johansson, Presidente da EUMA Dinamarca


Inge-Lise Johansson is the National Chairman of European Management Assistants (EUMA) Denmark. She studied at the Copenhagen Business School and presently works as an Executive Secretary at Finansrådet.

Maria João Borges (MJB): In Portugal, a higher education degree in this area has been offered since 1962. However it seems that less and less people choose this career as a 1st option, even though there are lots of employment opportunities. Is there a similar trend in Denmark?
Inge-Lise Johansson (ILJ): No. To explain this correctly I have to inform you that we do not have the same educations here in Denmark. Many secretaries in Denmark have been a pupil in a company for about 3 years before just to become a secretary. But many companies do not use secretaries anymore. The work that many secretaries did before has been taken over by other employees in a company. But PAs/MAs exist in almost every company. A PA/MA normally keeps her job for many years. 

MJB: Initially a profession undertaken only by men, positions are now mostly filled by women. Can you estimate a distribution between men and women in Denmark?
ILJ: No, but in Denmark all men and women are working and many women now take over positions which normally men have hold before – also in higher positions. 

MJB: Is this a well rated profession in terms of the employment outlook for the next, say, 10 years?
ILJ: Yes

MJB: Do recruiters and employers look for specific skills? Do they look for technical training or base their choice mostly in soft skills?
ILJ: In Denmark many PAs/MAs have an education as correspondents, or another higher education. 

MJB: Do these professionals have to have a specific license or to be part of a trade union in Denmark?
ILJ: No, they do not have to have a license - they just have to have excellent examinations papers. They only have to be a member of a trade union if the company has an agreement with a trade union that all their employees have to be a member. 

MJB: In Portugal, as in some other countries, there is a wide range of names for this profession, which often do not translate into levels of responsibility or autonomy. What is the situation in Denmark?
ILJ: That is the same but we often use Personal Assistants, Management Assistants and Executive Secretaries.

MJB: In some countries there is a (somewhat) vigorous debate about the name secretary vs assistant. Is that the case in Denmark? Why?
ILJ: No, I have not heard about it. The name secretary comes from the word secret, and that is why we always use secretary when a person is there for a leader/boss. You have to be able to trust your secretary and that the secretary is loyal to his/her leader/boss. 

MJB: How is the virtual dimension of the profession evolving in Denmark? Do companies look for virtual assistants?
ILJ: Yes, I know that it exists. But it is often inside the health sector and the public sector, where you just have to have the help to transcript reports and other working documents which do not require the daily interaction with a secretary.

Maria João Borges
Docente das UC de Práticas de Secretariado e Assessoria

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Viver o Natal nas organizações

A celebração do Natal propicia momentos, por excelência, para estreitar laços com clientes internos e externos, e para promover um ambiente cordial e colaborativo.

Por este motivo, uma organização que decida oferecer lembranças aos seus colaboradores, não os deverá distinguir hierarquicamente pelo valor da oferta. A distinção do esforço individual e de equipa deverá ser feita em sede própria, isto é, de avaliação do desempenho, de forma fundamentada e sujeita a diálogo construtivo.

Neste mesmo espírito, e tendo presente que os azares não acontecem só aos outros, esta época deverá ditar uma atitude solidária por parte das organizações, promovendo-se iniciativas de responsabilidade social. Assim, independentemente de se poder organizar um almoço/jantar ou festa de Natal, não deverão ser esquecidos aqueles que estão mais fragilizados, sobretudo no período difícil que o nosso país atravessa.

Não faltam centros de acolhimento, lares ou outras instituições sem fins lucrativos que possam beneficiar de auxílio material (financeiro ou outro), traduzido na recuperação de equipamentos e infraestruturas, no fornecimento de produtos alimentares ou de outros bens. Mas a organização de iniciativas de convívio, que possam diminuir a solidão dos que estão mais isolados, são também, se não mais, importantes.

Como se costuma dizer, “nas costas dos outros vemos nós as nossas”. Uma organização que se preocupa, por altura do Natal e não só, com os mais desfavorecidos (grupo onde nos poderemos vir a encontrar um dia), será certamente uma entidade onde teremos orgulho em trabalhar e/ou onde comprar.

Maria João Borges 
Docente das U.C. Práticas de Secretariado e Assessoria

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Porquê o Feedback 360º?


Com o aproximar do final do ano, em muitas organizações iniciam-se os processos de avaliação de desempenho. De entre os variados métodos avaliativos, importa realçar o papel, cada vez mais relevante, que a Metodologia 360º/Feedback 360º tem vindo a assumir, no seio organizacional.

O Feedback 360º trata-se de uma forma de gestão e de avaliação de desempenho que tem vindo a constituir-se como pertinente no que concerne à promoção da mudança organizacional. Esta metodologia avaliativa distingue-se da tradicional avaliação de desempenho top-down [chefias a avaliar o(s) subordinado(s)] principalmente pelo facto de considerar mais do que um único avaliador, sendo igualmente conhecida por metodologia multi-avaliadores e/ou multi-perspetivas (McCarthy & Garavan, 2001; Hensel, Meijers, Leeden & Kessels, 2010). Embora o círculo de atores organizacionais envolvidos não seja, ainda, consensual ao nível da literatura, considera-se que deverão participar neste processo: o próprio colaborador (através da realização da sua autoavaliação), os pares (avaliando os seus colegas) e o(s) supervisor(es)/chefia(s) (Craig & Hannum, 2006; Nowack, 2009).

Para que as avaliações possam concretizar-se, recorre-se habitualmente, a um instrumento específico (i.e., questionário) que permita avaliar qualitativa e/ou quantitativamente os comportamentos profissionais dos atores organizacionais. Como tal, recorre-se a um suporte informático que possibilite agregar todas as avaliações, sendo estas novamente realizadas 6 a 12 meses após a última aplicação. Isto porque urge a necessidade de analisar a eventual evolução dos colaboradores avaliados.

Considera-se que a aplicação do Feedback 360º será, cada vez mais vantajosa para as organizações. Isto porque este processo avaliativo apresenta vantagens comparativamente à avaliação de desempenho tradicional. Os seus aspetos positivos poderão encontrar-se relacionados com questões como:
  • A formação dos indivíduos envolvidos no processo avaliativo, uma vez que todos assumem o papel de avaliadores, constituindo-se como melhores observadores e repórteres (Bracken & Rose, 2011). Esta formação permite, posteriormente, uma maior aceitação e confiança por parte dos sujeitos que serão avaliados.
  • Anonimato e confidencialidade dos envolvidos. No caso do Feedback 360º, os atores organizacionais são protegidos quanto à sua confidencialidade e anonimato, contrariamente ao que sucede no caso da avaliação de desempenho top-down [sabe-se a priori que será a chefia a avaliar o(s) subordinado(s)].
  • Acesso a Follow-Ups e ao desenvolvimento de planos de ação. O principal objetivo da aplicação do Feedback 360º prende-se com o desenvolvimento dos avaliados, desconsiderando aspetos de cariz administrativo (e.g. incrementos salariais).

Apesar de todos os aspetos vantajosos do Feedback 360º, importa realçar que este processo avaliativo não poderá ser aplicado em qualquer tipo de Organização. Nesse sentido, considera-se viável apenas em Organizações onde não se verifica uma forte centralização de poder (Caetano, 2008), uma vez que o Feedback 360º fomenta o trabalho em equipa.

Rita Mourão


Diários da República (xxxiii)


Semana de 2 a 6 de dezembro

Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.

Portaria n.º 349-C/2013, 02/12/2013
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Estabelece os elementos que deverão constar dos procedimentos de licenciamento ou de comunicação prévia de operações urbanísticas de edificação, bem como de autorização de utilização. Para download siga o link

Portaria n.º 349-D/2013, 02/12/2013
Ministérios do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social
Estabelece os requisitos de conceção relativos à qualidade térmica da envolvente e à eficiência dos sistemas técnicos dos edifícios novos, dos edifícios sujeitos a grande intervenção e dos edifícios existentes. Para download siga o link.

Portaria 352/2013, 04/12/2013 
Estabelece os fatores de correção extraordinária das rendas para o ano de 2014. Para download siga o link.

Portaria 353/2013, 04/12/2013 
Fixa, para vigorar no ano de 2014, os preços da habitação por metro quadrado, consoante as zonas do País, para efeitos de cálculo da renda condicionada. Para download siga o link.

Lei n.º 81/2013, 06/12/2013
Assembleia da República. Transição das freguesias no âmbito da reorganização administrativa operada pelas Leis n.os 56/2012, de 8 de novembro, e 11-A/2013, de 28 de janeiro. Para download siga o link.

Decreto n.º 33-A/2013, 06/12/2013
Presidência do Conselho de Ministros
Declara luto nacional pelo falecimento de Nelson Mandela. Para download siga o link.
 
Lei 82/2013, 06/12/2013
Transpõe a Diretiva n.º 2011/77/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de setembro, relativa ao prazo de proteção do direito de autor e de certos direitos conexos, e altera o Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 63/85, de 14 de março. Para download siga o link.

Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Gastronomia portuguesa

Na palma da mão esquerda, em ademanes de oferenda, a serva trouxe a vasta almofia onde jazia reclinado um autêntico anho, loiro do forno, a escorrer pingos e aromas, inebriantemente pascais.

Aquilino Ribeiro


Comer é um ato cultural. Ao contrário dos outros animais, o Homem elege alimentos para serem consumidos em determinadas festividades (em Portugal come-se bacalhau na consoada, castanhas no S. Martinho, cabrito na Páscoa), cumpre tabus de cariz religioso (os muçulmanos não comem porco), associa gestos ritualizados a determinados alimentos (os cristãos benzem a massa do pão antes de ir ao forno), rejeita alimentos que outros apreciam (o cão não se come na Europa mas é degustado na Ásia). Estabelece hierarquias seja na partilha de alimentos, seja nos lugares de quem os come (à mesa quem se sente onde e ao lado de quem).


Desde que descobrimos o fogo, o hábito de comer os alimentos crus tornou-se longínquo, a sedentarização revelou-nos as possibilidades de conservar os excessos. A utilização do sal, do vinagre e do fumo ainda hoje são usuais.


Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa, gastronomia é o estudo das leis do estômago e provém do Grego (gastro + nomia)  - gastro (do grego: do estômago), nomia (norma) “estudo das leis do estômago”. Quanto à culinária, como escreve Brillat-Savarin: “Quando se analisa a matéria de um ponto de vista geral, podem distinguir-se três espécies de culinária. A primeira trata da preparação dos alimentos e conservou o nome primitivo. A segunda tem por objecto a análise e o exame dos elementos que o compõem e convencionou-se chamar-lhe química. A terceira, a que pode chamar-se culinária de recuperação, é geralmente mais conhecida pelo nome de farmácia”. (Brillat-Savarin, 2010: 170). Mais recentemente, culinária é referida como: “arte de cozinhar; conjunto dos pratos característicos de determinada região” (Id.: Ibid.).


No entanto, hoje, as diferenças entre culinária e gastronomia parecem residir essencialmente entre técnica e gosto. Se lermos José Quitério sobre a mais breve noção do que é a gastronomia, vemos que: “a Gastronomia é a arte de bem comer, que tem como técnica, a boa culinária”(Quitério, 1994: 25). É ainda este autor a referir para a primeira, gastronomia, a importância das matérias-primas, as alfaias da cozinha, os rituais e as abordagens da História, da Geografia e da Sociologia. A segunda, culinária, é vista como uma parte, por ele referida como a mais importante, do todo que a Gastronomia cobre.

Em Portugal as diferenças de receituário, entre aquilo que é tradicional ou apenas o que é pobre, revela ambiguidades permanentes. Se a existência de livros de receitas é muito antiga e a fama da doçaria tem grande relevo histórico, o campo do alimentar ficou sempre com conceptualizações vagas e um recorte indistinto. É preciso esperar pelo século XXI para assistirmos a fenómenos como a definição jurídica da gastronomia como património cultural, a criação de uma comissão da gastronomia  ou a projeção clara dos valores gastronómicos no Plano Nacional do Turismo.

Ponhamos pois uma mesa com toalha de linho, alfaia de barro negro ou vermelho, de ferro, de cortiça, de madeira, de vime, de porcelana Vista Alegre, conforme as matérias oferecidas.

Sirva-se a chanfana em olaria negra, a lembrar os velhos tempos da pastorícia, a alcatra da Ilha Terceira, o requeijão coberto com uma colherada de doce de abóbora, escolha-se o barro vermelho para a chouriça assada com grelos, o xerém com conquilhas, o cabrito estonado com batatinhas, o arroz de polvo, as trutas recheadas com presunto, a posta Mirandesa, os rojões, a sopa de cação, os pezinhos de coentrada, os pastéis de bacalhau, as enguias fritas, as migas, as açordas.

Em panela de ferro e frigideira o caldo verde, a sopa de cascas com botelo, a morcela frita.
De madeira a tábua de queijos que regista o Rabaçal, o Serra, o de Castelo Branco (de pasta amarela e o picante), o de Nisa, o de Azeitão, o do Pico, o de S. Jorge).

Em vime se arruma a broa de Avintes, o pão lêvedo das Furnas, o folar salgado transmontano, a broa minhota.
A cortiça há-de refrescar (ainda mais) o gaspacho.

Que outro berço senão a porcelana para embalar os milagres feitos de açúcar, ovos, pinhões, canela, nozes: o morgado, feito de trouxas de ovos, fios de ovos e ovos moles, a aletria enfeitada com corações de canela, o toucinho do céu, a encharcada, a barriga de freira, a pasta de figo com medronho, as lérias, o pão de ló, as Clarinhas de Fão, o leite creme queimado.

E se houver penitência para a gula, o mesmo não acontece em relação ao pecado de não trazer para a mesa tudo quanto ficou nas cozinhas rurais, nas areias do litoral, nos claustros dos conventos


Maria João Forte
Docente da U.C. de Etnologia e da U.C. de Etnografia e Gastronomia Portuguesa

Brillat-Savarin. (2010). Fisiologia do gosto. Lisboa: Relógio D'Água.
Quitério, J. (2010). Escritores à mesa: (E outros artistas). Lisboa: Assírio & Alvim.
Modesto, M. L. (1982). Cozinha Tradicional Portuguesa (3.ª ed.). Lisboa: Verbo.

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domingo, 8 de dezembro de 2013

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

À conversa com... Homai H. Mehta, Presidente Emérita da IASAP (Índia)


Mrs Homai H. Mehta was one of the founding members of the National Institute of Personal Secretaries (NIPS), in 1970, and its President from 1976 to 1984. NIPS became the Indian Association of Secretaries and Administrative Professionals (IASAP) in 2003. She now is President Emeritus of IASAP and Director of the Sir J J College of Commerce, a leading institution in secretarial training in Mumbai, India.

Maria João Borges (MJB): In Portugal, a higher education degree in this area has been offered since 1962. However it seems that less and less people choose this career as a 1st option, even though there are lots of employment opportunities. Is there a similar trend in India?
Homai H. Mehta (HM): Yes, even in India, less number of girls choose the Secretarial profession as a career.  In fact, the Secretarial course was and is our forte.  However, we also conduct in-house company programmes for secretaries. Companies invite me to conduct these courses as many of their office assistants have just risen from the ranks, without completing a secretarial course.

MJB: Initially a profession undertaken only by men, positions are now mostly filled by women. Can you estimate a distribution between men and women in India?
HM: Since the 1970s, secretarial positions have been largely filled up by women.  Presently, it is even more so - 75%women and 25% men.

MJB: Is this a well rated profession in terms of the employment outlook for the next, say, 10 years?
HM: For the next 10 years, I would say it is a well rated profession in terms of employment. 

MJB: Do recruiters and employers look for specific skills? Do they look for technical training or base their choice mostly in soft skills?
HM: Specific skills - Only 20% of current offices ask for shorthand skills, which was till 1970 a pre-requisite.  The most wanted skills are: computer technology and communication skills - both spoken and written.  Soft skills are always a plus point.

MJB: Do these professionals have to have a specific license or to be part of a trade union in India?
HM: Unfortunately, we have no recognised/standardised secretarial diploma or degree in India.  There are many pvt. colleges (not affiliated to University) running the secretarial course, just as we do.  So, diplomas are given by the requisite colleges; but these institutes are few and far between.

MJB: In Portugal, as in some other countries, there is a wide range of names for this profession, which often do not translate into levels of responsibility or autonomy. What is the situation in India? In some countries there is a (somewhat) vigorous debate about the name secretary vs assistant. Is that the case in India? Why?
HM: Today, all over the world Administrative Professional is a more recognised and used name than Secretary.  Designations in the offices also vary and so do salaries and responsibilities.

MJB: How is the virtual dimension of the profession evolving in India? Do companies look for virtual assistants?
HM: Virtual dimension of the position has not evolved in India.  USA has a lot of it. 

Maria João Borges
Docente das UC de Práticas de Secretariado e Assessoria

Universidade Europeia: www.europeia.pt  |  Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial: http://bit.ly/sce_ue

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Diários da República (xxxii)

Semana de 25 a 29 de novembro


Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.

Decreto do Presidente da República n.º 121-A/2013, 26/11/2013

Presidência da República. Nomeia, sob proposta do Governo, o Mestre em Direito Guilherme Waldemar Pereira d'Oliveira Martins para o cargo de Presidente do Tribunal de Contas. Para download siga o link

Lei 80/2013, 28/11/2013
Estabelece o regime jurídico da requalificação de trabalhadores em funções públicas visando a melhor afetação dos recursos humanos da Administração Pública, e procede à nona alteração à Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, à quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 74/70, de 2 de março, à décima segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 209/2009, de 3 de setembro, e à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, revogando a Lei n.º 53/2006, de 7 de dezembro. Para download siga o link


Portaria n.º 349-A/2013, 29/11/2013
Determina as competências da entidade gestora do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), regulamenta as atividades dos técnicos do SCE, estabelece as categorias de edifícios, para efeitos de certificação energética, bem como os tipos de pré-certificados e certificados SCE e responsabilidade pela sua emissão, fixa as taxas de registo no SCE e estabelece os critérios de verificação de qualidade dos processos de certificação do SCE, bem como os elementos que deverão constar do relatório e da anotação no registo individual do Perito Qualificado (PQ). Para download siga o link.

Portaria 349-B/2013 1.º Suplemento, 29/11/2013
Define a metodologia de determinação da classe de desempenho energético para a tipologia de pré-certificados e certificados SCE, bem como os requisitos de comportamento técnico e de eficiência dos sistemas técnicos dos edifícios novos e edifícios sujeitos a grande intervenção
Para download siga o link.  

Susana de Salazar Casanova

Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial

Universidade Europeia: www.europeia.pt  |  Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial: http://bit.ly/sce_ue

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD)


O que é o CESD? 
O CESD permite ter acesso a cuidados médicos quando nos encontramos temporariamente no estrangeiro (em férias, viagens de negócios ou para estudar, por exemplo), mas não se aplica a deslocações propositadamente com o fim de obter cuidados de saúde. O CESD é válido, atualmente, nos 27 Estados-Membros da União Europeia e, ainda, na Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

Como/onde obter o CESD?
Pode solicitar o CESD on-line via Segurança Social Direta, se aí estiver registado. Também é possível pedir o CESD, pessoalmente, nos balcões da Segurança Social na área de residência, nas Lojas do Cidadão ou junto dos subsistemas de saúde públicos/privados de que faz parte (ADSE, SSMJ, SAMS, etc.). Necessitará do documento de identificação ou do cartão de beneficiário (da segurança social, ou do subsistema alternativo) ou do cartão de utente.

Quais são os cuidados a que tenho direito com o CESD e como funciona?
Caso tenha necessidade, durante a estadia, de tratamentos devido a acidente ou até por motivo de doença crónica, terá direito aos mesmos cuidados médicos dos cidadãos do país onde se encontra, no âmbito do respetivo serviço nacional de saúde (médico, farmácia, hospital ou centro de saúde). Se o tratamento em causa não for gratuito, liquidará apenas as taxas moderadoras/comparticipações que os nacionais desse país pagam para obter esses mesmos cuidados, facilitando o CESD o processo de reembolso quando regressar ao país de origem/residência, se este não puder ser feito de imediato.

Quem pode ter o CESD?
Qualquer cidadão dos 31 países que fazem parte desta convenção. Em Portugal, qualquer pessoa que seja beneficiária da Segurança Social, de um subsistema de saúde público ou privado, e os utentes do Serviço Nacional de Saúde. O cartão é pessoal e intransmissível, pelo que cada membro do agregado familiar deverá ter o seu.

Quanto custa, qual a sua validade e quanto tempo demora a obtê-lo?
O CESD é gratuito e tem, regra geral, uma validade de três anos. Após o pedido, levará cerca de sete dias úteis a ser enviado para a morada de residência. 

Para mais informações, consultar o Portal da Saúde em www.portaldasaude.pt.

Catarina Faria (Estudante do 3.º ano)

Universidade Europeia: www.europeia.pt  |  Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial: http://bit.ly/sce_ue

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Testemunho | Gabriela Fino

Abracei a carreira de secretária por mero acaso. Em 1991, enquanto aguardava resultados de notas do ano letivo e da Prova Geral de Acesso para a Faculdade, fui convidada a substituir uma funcionária durante três meses no IAPMEI, atualmente designado por Agência para a Inovação e Competitividade. Posso dizer-vos que foi amor à primeira vista. Assim que contactei com a atividade, vi que poderia ter um futuro aliciante e que isso também dependia de mim.

Passados os três meses, não fui dispensada. Quando a funcionária regressou, fui convidada a secretariar uma recém-empossada Diretora, noutra área; e passados mais três meses, fui convidada a ingressar no Quadro de Pessoal do Instituto. A partir daí foi um passo até chegar ao Conselho de Administração. Se posso agradecer ao destino ter-me colocado no caminho as pessoas certas, também posso e devo partilhar convosco a minha conduta, que, sem dúvida, teve o maior peso nos acontecimentos. E assim, ao fim de cinco anos, surgiu mais um convite fascinante: secretariar um membro do Governo.


Não olhei para trás e, com 26 anos, atirei-me de cabeça para o grande desafio e responsabilidade da minha vida. Posso dizer-vos que, durante 17 anos, me dediquei de alma e coração ao desempenho das funções que me foram confiadas, do qual só consigo recordar, não as longas horas de trabalho, não a pressão sentida em diferentes momentos, mas sim o enorme orgulho que foi participar no serviço à causa pública.


Desde cedo, no exercício das minhas funções, compreendi que, para sermos bem-sucedidos, em qualquer trabalho, temos de ter presente uma conduta correta para com quem nos relacionamos e, assim, interiorizei o que eu chamo “os meus três mandamentos”.


1.º Mandamento – Lealdade. Sabermos transmitir a nossa lealdade é primordial. A relação entre a chefia e o assistente tem de assentar num princípio de confiança. Por vezes temos que pôr de lado as nossas convicções pessoais e acatar ordens diferentes da nossa ideologia; mas, se estamos a desempenhar determinadas funções, acima de tudo está o cumprirmos com as nossas obrigações, de forma a transmitir que somos confiáveis e responsáveis.


2.º Mandamento – Respeito. Termos sempre presente que todos os indivíduos são merecedores do nosso respeito e consideração. Desde o Presidente, ou quem ocupa o cargo mais elevado na hierarquia, ao Porteiro que nos abre a porta ou à Profissional de Limpeza, todos são importantes, todos fazemos parte de uma engrenagem sem o bom desempenho de uns não pode haver bom desempenho de outros. Se interiorizarmos que um dia podemos estar num lugar de relevo e amanhã talvez não, se refletirmos que a forma como tratamos os outros hoje é a forma como seremos tratados amanhã, quando nos encontrarmos numa situação menos privilegiada, podemos poupar-nos a bastantes agruras.


3.º Mandamento – Brio Profissional. Desafiarmo-nos a nós próprios constantemente impõe-se! Num mercado de trabalho de competição acérrima é imperativo pormos os neurónios a funcionar. Executar as tarefas confiadas com o maior empenho e dedicação, com a maior atenção e brio a todos os níveis, até mesmo no que respeita à apresentação, é indispensável. Só assim transmitimos que somos uma peça importante, pois há que ter em conta que ninguém é indispensável (mas uns são mais dispensáveis do que outros) e existem imensos bons profissionais à espera para nos substituir.


Para terminar, deixo-vos um conselho: respirar fundo, não desesperar diante de nada, pois para tudo há solução. Se conseguirem passar à chefia que estão em controlo da situação e que conseguem agir com a cabeça em vez de com a emoção nos momentos de pressão, essa atitude vai angariar-vos a sua confiança e consideração e, a vós, vai deixar-vos o gosto da vitória, de que são capazes de se suplantarem, que conseguem chegar mais além. E, aí, o Céu é o Limite!

Felicidades a todos e muitos sucessos profissionais!

Gabriela Fino
Secretária
 

Universidade Europeia: www.europeia.pt  |  Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial: http://bit.ly/sce_ue

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Fundo de Garantia Salarial


Resultado da grave crise económica que o país atravessa, é cada vez maior o número de empresas que é declarada insolvente, ou que simplesmente cessa a sua atividade, deixando os seus trabalhadores desempregados e, muitas vezes, com salários, subsídios e compensações devidas pela cessação do contrato de trabalho, por pagar.

O Fundo de Garantia Salarial (FGS) tem por objetivo assegurar o pagamento dos créditos emergentes do contrato de trabalho ou da sua cessação (despedimento), quando as empresas estão em situação de insolvência ou de processo especial de recuperação.

Quem tem direito a recorrer ao FGS?
Os trabalhadores cujos empregadores tenham sido declarados insolventes ou tenham iniciado o processo extrajudicial de conciliação.

Quais são os créditos cobertos pelo FGS?
Os créditos emergentes do contrato de trabalho, da sua violação ou cessação:

- salários;
- subsídios de natal, férias e alimentação;
- indemnizações pela cessação do contrato de trabalho;

que se tenham vencido nos seis meses que antecedem a data da propositura do processo de insolvência ou do processo extrajudicial de conciliação, ou, caso não haja créditos vencidos neste período, ou o seu montante seja inferior ao limite máximo previsto, os créditos vencidos após este período, desde que sejam reclamados até três meses antes da respetiva prescrição (os créditos laborais prescrevem, em regra, um ano após a cessação do contrato).

Qual o montante máximo garantido pelo FGS?
O equivalente a seis meses de retribuição, não podendo o montante desta exceder o triplo da retribuição mínima mensal garantida.

Se o trabalhador for titular de créditos correspondentes a prestações diversas, o pagamento é prioritariamente imputado à retribuição.

Às importâncias pagas são deduzidos os valores correspondentes às contribuições para a segurança social e à retenção na fonte de imposto sobre o rendimento que forem devidos.

Onde se pode recorrer ao FGS?
Nos Centros Distritais ou serviços de atendimento da Segurança.

Que documentos são necessários?
- Formulário Mod.GS001 – DGSS – Requerimento de pagamento de créditos emergentes do contrato de trabalho, disponível nos serviços de atendimento da segurança social ou em http://www.seg-social.pt;

- Fotocópia do Cartão do Cidadão ou do B.I., do cartão de contribuinte e do cartão da segurança social;

- Documento comprovativo do NIB;

- Certidão ou cópia autenticada comprovativa dos valores reclamados pelo trabalhador, passada pelo Tribunal onde corre o processo de insolvência ou pelo IAPMEI, no caso de ter sido pedido o procedimento de conciliação, ou, em alternativa;

- Declaração comprovativa das dívidas declaradas no requerimento, indicando se são salários, subsídios ou indemnizações e o seu valor (passada pelo empregador ou pela Autoridade para as Condições do Trabalho – se o trabalhador não estiver envolvido no processo de insolvência ou no procedimento de conciliação);

- Quando é alegado despedimento ilícito (despedimento sem justa causa), deve ser apresentada a sentença do tribunal em que é declarado o despedimento ilícito.

Margarida Rodrigues, Advogada

Diários da República (xxxi)


Divulgamos os principais destaques dos atos com interesse publicados, na última semana, em Diário da República.

Semana de 18 a 22 de novembro

Resolução do Conselho de Ministros n.º 73/2013, 19/11/2013
Presidência do Conselho de Ministros. Determina o processo de criação de uma instituição de crédito a denominar Instituição Financeira de Desenvolvimento. Para download siga o link.

Resolução da Assembleia da República n.º 149/2013, 19/11/2013
Assembleia da República. Recomenda ao Governo a clarificação dos conceitos presentes no regime de instalação e funcionamento dos recintos de espetáculos e de divertimentos públicos, de forma a garantir condições de sã concorrência e promover uma efetiva proteção dos direitos dos cidadãos em matéria de poluição sonora. Para download siga o link.

Resolução da Assembleia da República n.º 152/2013, 21/11/2013
Assembleia da República. Orçamento da Assembleia da República para 2014. Para download siga o link.

Portaria n.º 338/2013, 21/11/2013
Ministérios das Finanças e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Procede à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho e revoga a Portaria n.º 122/2012, de 3 de maio. Para download siga o link.

Portaria n.º 341/2013, 22/11/2013
Ministérios das Finanças, da Saúde, da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Segunda alteração à Portaria n.º 1453/2002, de 11 de novembro que regulamenta o reembolso do valor dos planos de poupança-reforma. Para download siga o link.
 
Susana de Salazar Casanova
Coordenadora Executiva da Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial


Universidade Europeia: www.europeia.pt  |  Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial: http://bit.ly/sce_ue

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

À conversa com... Judith Yannarelli, Presidente da IAAP (EUA)


Judith Yannarelli studied English Language and Literature and began working as a Secretary in 1962, since then taking positions as Executive Secretary, Administrative Assistant and Office Manager. Over the years, she was appointed International Treasurer, International Vice-President and President-elect  with International Association of Administrative Professionals (IAAP), becoming its Board President in July 2013.

Maria Joao Borges (MJB): In Portugal, a higher education degree in this area has been offered since 1962. However it seems that less and less people choose this career as a 1st option, even though there are lots of employment opportunities. Is there a similar trend in the United States of America?
Judith Yannarelli (JY): For a certain and significant group of people, being an administrative professional is a good fit for their talents and preferences. Many of these people enter the workforce knowing that they want to make this a career. You also have people who enter this career as a back-up plan. Often, they discover that they really enjoy it, are good at it and find it rewarding. This happens more often during economic downturns, like our recent recession. I think, particularly among younger people, there are a lot of misperceptions about this profession. When they actually take a job as an administrative professional, they discover that they are integral and well-respected members of their office teams.

MJB: Initially a profession undertaken only by men, positions are now mostly filled by women. Can you estimate a distribution between men and women in the USA?
JY: Both government data and IAAP’s own data show that about 95 percent of the members of this profession are female. Women have dominated the profession since the 1950s. We see some evidence that that’s changing. I encounter more men at our events than in the past. I think attitudes are changing. Nursing used to be seen as strictly women’s work in the U.S. until about 20 years ago. These days, nobody blinks when they have a male nurse. I think more men are open to becoming administrative professionals. As an organization, that’s a trend IAAP welcomes. We think more diversity can only be good for the profession and for the companies that employ its members. We’ve put a lot of effort into becoming diverse and we’re a better organization as a result.

MJB: Is this a well rated profession in terms of the employment outlook for the next, say, 10 years?
JY: Absolutely! In terms of data, we know that the U.S. Bureau of Labor Statistics is projecting that the number of administrative professionals will increase about 12 percent from 2010 to 2020. So there are definitely more people entering this profession. I also think it’s interesting that, in IAAP’s 2013 Benchmarking Survey report, only eight percent of the respondents say they would choose to leave the profession. That says a lot about the value of this career.

MJB: Do recruiters and employers look for specific skills? Do they look for technical training or base their choice mostly in soft skills?
JY: Administrative professionals must have a mix of both soft and technical skills. On the one hand, they have to understand the intangibles of dealing with a wide variety of people and circumstances. That means knowing how to communicate, negotiate and sometimes placate, among many other so-called soft skills. I think it’s funny they’re called soft skills, because they’re actually really hard to master. On the other hand, technical tasks are becoming more important for administrative professionals. Again, I refer to IAAP’s benchmarking survey. Technical skills dominate the list of training needs. This includes technology applications, computer software applications, website/social media management and project management.

MJB: Do these professionals have to have a specific license or to be part of a trade union in the USA?
JY: No, administrative professionals are not required to be certified or join a union, unless those things are specified by their employer. However, IAAP has a certification program and we obviously believe there is a lot of value in getting certified. The Certified Administrative Professional certification has a rigorous set of requirements and attaining it proves that this is your career and not just a job. In some settings, getting your CAP can lead to pay raises and opportunities for promotion. In addition to our CAP certification, we also offer specialties in Organizational Management and Technology Applications. Again, these are both excellent ways to distinguish yourself as a professional in a competitive job market.

MJB: In Portugal, as in some other countries, there is a wide range of names for this profession, which often do not translate into levels of responsibility or autonomy. What is the situation in the USA?
JY: It’s true that, in the U.S., the term “administrative professional” covers a lot of job titles and many different responsibilities. In our benchmarking survey, we include executive assistant, administrative assistant, secretary, administrative secretary, executive secretary, office manager, business administrator and coordinator. At the upper end of the pay scale, you’ve got executive assistants and executive secretaries. Secretaries and administrative assistants tend to be more mid-level or entry-level in terms of salary. But the fact is that all administrative professionals, regardless of their titles, are expected to perform an impressive variety of tasks, and we know from our survey that their responsibilities have generally increased across all job titles over the last several years. “Juggling multiple priorities” is consistently cited as one of the biggest job challenges among all administrative professionals.

MJB: In some countries there is a (somewhat) vigorous debate about the name secretary vs assistant. Is that the case in the USA? Why?
JY: The number of administrative professionals with Job titles that include “secretary” started to decline in the 1970s. By the 1990s, they had become a minority of our membership, which is one of the reasons why we changed our name from Professional Secretaries International to the International Association of Administrative Professionals. It’s interesting that the number of administrative professionals with secretary in their job titles actually doubled from about seven to about 14 percent from 2009 to 2011, and increased again in 2013. It’s not really clear why that happened, other than perhaps some nostalgia driven by things like the TV show “Mad Men.” Our members do talk about this issue on occasion. Some are convinced that the secretary job title has been pretty much ruined by that the image you see in shows like “Mad Men.” Others insist that it doesn’t make any difference as long as secretaries aren’t demeaned or dismissed. That’s pretty much where we fall as an association. We work to make sure that all of our members, regardless of their titles, are treated with respect and as full professional members of their office teams. Whether you’re called a secretary or some other title, it shouldn’t make a difference.

MJB: How is the virtual dimension of the profession evolving in the USA? Do companies look for virtual assistants?
JY: Virtual employment is becoming increasingly important in the profession and IAAP is paying close attention to this trend. The portion of administrative professionals who telecommute has inched up, though it’s still only about 14 percent, according to our 2013 Benchmarking Survey. Of those, about 65 percent have made the transition to virtual work in the last five years. Anecdotally, IAAP is fielding more requests from administrative professionals who need guidance or training for virtual work. For employers, there are some real economic advantages to hiring a virtual assistant. They free up space in your brick-and-motor locations, for one thing. It’s cheaper and more environmentally-friendly. More companies are starting to recognize that it doesn’t really matter where their employees work, as long as they get results. There is a growing body of evidence that many people are more effective and efficient when they work from home. A 2012 survey by Microsoft found that working virtually makes employees more productive, happier and healthier. Those are results that will pay off in the long run. Even administrative professionals who work in a traditional office are often still working virtually because they collaborate with team members in different locations, sometimes around the world. IAAP has responded to these trends by doing things like adding training for cloud-based productivity tools like Prezi and SharePoint. In addition, we recently launched a new educational webinar series because we recognize that many administrative professionals don’t have the resources to access training at a specific time or place. IAAP knows that flexibility and adaptability are absolutely essential in the new, virtual workplace.

Thank you for this opportunity, Maria.  The opportunity for world-wide administrative professionals  to share ideas and information makes the profession stronger, as well as the individuals within it.

Maria João Borges
Docente das UC de Práticas de Secretariado e Assessoria