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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Expandindo fronteiras: A atuação dos profissionais de Secretariado nas universidades públicas brasileiras – Parte 2

Publicamos hoje a segunda parte do artigo da Fernanda Leal.
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No artigo anterior abordamos a forma de ingresso dos secretários executivos nas universidades públicas brasileiras e suas perspectivas de atuação nesse contexto. Neste momento, trataremos dos principais desafios e oportunidades inerentes à carreira desse profissional no Serviço Público.

Desafios, oportunidades e carreira profissional
Um desafio que o secretário executivo de uma universidade pública poderá vivenciar deve-se ao fato de que muitos gestores desconhecem suas atribuições, por tratar-se de um cargo recentemente criado. Isso pode induzir o órgão de Gestão de Pessoas a alocá-lo em um setor inadequado para o seu perfil, ou levá-lo a desempenhar atividades inferiores à sua capacidade, o que poderá afetar sua motivação. Nesses casos, muitos profissionais solicitam transferência para outros setores da instituição, onde possam desempenhar papeis que lhes tragam um maior nível de satisfação profissional.

É fato que a amplitude de atuação do secretário executivo dependerá, em parte, da estrutura e natureza da organização e da forma de administração dos líderes. Eles serão os principais responsáveis por definir a forma de assistência a ser desempenhada pelo profissional. No entanto, para que ele possa desempenhar um papel relevante nesse contexto, é igualmente importante que esteja ciente de sua função no ambiente organizacional, em que a resiliência, o bom senso na tomada de decisão, o empreendedorismo e o empenho no desenvolvimento de novas competências são elementos fundamentais.

O grande diferencial dessa carreira é a estabilidade. A não ser que cometa uma ilegalidade, ele dificilmente será demitido após sua aprovação no estágio probatório. Essa segurança inexiste na esfera privada, onde mesmo profissionais competentes estão expostos às diversas inseguranças do competitivo mundo organizacional. Contudo, essa mesma estabilidade pode causar conforto excessivo e desmotivar o secretário a buscar novas oportunidades profissionais.

Para os interessados em qualificar-se continuamente, no entanto, não há ambiente mais propício ao desenvolvimento profissional e pessoal do que a universidade. Além de fácil acesso a eventos acadêmicos e palestras gratuitas de todos os campos do conhecimento, as próprias universidades e escolas do Governo oferecem cursos de capacitação a esses profissionais, cujos diplomas resultam na progressão da carreira (aumento salarial de 3,6% a cada 1 ano e meio). Igualmente, há incentivo financeiro para participação em cursos e eventos relacionados ao cargo, como congressos nacionais e internacionais de Secretariado e especializações na área.

Em termos de plano de carreira, o profissional com qualificação superior à exigida tem direito um relevante aumento salarial, sendo 30% para especialização, 52% para mestrado e 72% para doutorado. Além disso, servidores estudantes têm direito a horário especial de trabalho, afastamento com salário para qualificação (máximo de 2 anos para mestrado e 4 anos para doutorado) ou capacitação (máximo de 3 meses a cada 5 anos).

Apesar desses incentivos, infelizmente o piso salarial é relativamente baixo (aproximadamente R$ 3300 ou € 1100), limitante a profissionais que almejam altos cargos e altos salários. Para estes, trabalhar em uma grande multinacional privada, que pode proporcionar salário de até R$ 15000 (ou € 5000) pode ser mais atraente.

Em busca do melhor ambiente profissional para si
A perspectiva de atuação para o Secretário Executivo nas universidades públicas brasileiras é altamente promissora, devido ao intenso processo de expansão que essas instituições vivenciam, que resulta no aumento do nível de complexidade de seus processos de trabalho. Cabe ao profissional encontrar recursos que o transforme em um elemento cada vez mais estratégico, de modo a promover resultados positivos para a organização e para a si.

Ele deverá escolher o ambiente profissional mais adequado partir de seu perfil profissional e competências. Seja empresa privada, universidade pública ou negócio próprio, o importante é estar inserido em um contexto que lhe traga motivação.
 
Sucesso na jornada!

Fernanda Leal

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