Universidade Europeia: www.europeia.pt  |  Licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial: http://bit.ly/sce_ue

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Trabalhar num banco internacional e os desafios de estar em Madrid




Quando em 2010 iniciei funções como Personal Assistant num banco internacional, deparei-me com diversos desafios, que mais ou menos confiante, resolvi enfrentar:


- trabalhar num banco internacional de renome;

- trabalhar como secretária de alta direção;

- trabalhar com o Presidente;

- utilizar o inglês como idioma principal.


Era a primeira vez que trabalhava a este nível e numa empresa de grande dimensão multinacional e num misto de receio, disposição para aprender e confiança nas minhas capacidades, fui progredindo e desempenhando a função com entusiasmo e profissionalismo. Um dos conselhos do próprio Presidente: “quando não souber pergunte”. 


Uma das coisas em que pensei quando entrei no banco foi nas oportunidades de mobilidade que poderiam surgir, não só internamente, mas também a nível internacional. A verdade é que as oportunidades internas acabaram por não surgir, mas pouco a pouco, surgiram outras.


Surgiu a possibilidade de poder fazer uma pós-graduação em Imagem, Protocolo e Organização de Eventos e pouco tempo depois surge a possibilidade de vir para Madrid substituir uma colega, a Personal Assistant do Presidente em Espanha, em licença de maternidade.


Para além do meu desempenho profissional e das provas que já tinha dado nos últimos 3 anos, um dos fatores determinantes para me ter sido oferecida esta oportunidade foi o domínio do espanhol. Em 2006 tinha frequentado um curso de espanhol e na altura não tinha qualquer utilidade a nível profissional, no entanto, aquilo que semeamos hoje, poderá vir a dar frutos algum tempo depois. 


Em Madrid, tornou-se fundamental o apoio do Presidente e da sua Personal Assistant, que iria estar 6 meses de licença de maternidade, para o reconhecimento e o acolhimento das equipas com as quais ia trabalhar. 


Chegava a um sítio novo, a um espaço novo, que eu tinha de dominar rapidamente, com pessoas novas, com as quais tinha de me relacionar e empatizar rapidamente, para poder dar o apoio adequado ao Presidente. Mais do que o trabalho, mais do que as funções, semelhantes às que desempenhava, o grande desafio era mover-me neste novo meio como o fazia em Lisboa.


E mais uma vez ressoa “quando não souber pergunte” e torna-se muito importante ter a humildade de pedir ajuda sempre e quando não sabemos, sempre e quando não temos a certeza.


Em termos profissionais estar deslocada permitiu-me trabalhar num ambiente culturalmente distinto, melhorar um idioma, melhorar as minhas capacidades e valorizar o meu curriculum com uma experiência internacional. Em termos pessoais estar deslocada é igualmente um desafio. Longe da nossa família, dos nossos amigos, dos nossos lugares, das nossas rotinas, é importante definir novas rotinas, escolher novos lugares, criar laços e novos amigos. 


Conhecer e aproveitar a cidade num misto de turista-residente é fundamental. E quando nos abordam na rua para pedir indicações é sinal de que já somos mais residentes que turistas.


Procurar atividades, conhecer pessoas que nos impeçam de nos deixarmos levar pela rotina casa-trabalho-casa, porque também é muito facil de acontecer.


Esta oportunidade surgiu numa altura em que não estava nos meus planos enveredar por uma experiência internacional, mas hoje, prestes a voltar a Lisboa, penso e se agora tentasse outro país?



Vera Borda de Água



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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Tecnologia: o que seria de mim sem ti?

Estou convencida de que nasci na era certa: a era da tecnologia e do conhecimento. Isto porque não me imagino numa época sem algumas das coisas que tanta falta me fazem – coisas eletrónicas.
Para começar, é preciso dizer que não me considero prisioneira das novas tecnologias, como do telemóvel, por exemplo. Mas, ainda ontem, quando saí de casa à pressa e me esqueci do meu fiel companheiro – o telemóvel –, senti-me verdadeiramente perdida. Não no sentido literal da palavra, mas, de qualquer das formas, perdida… Deparei-me, então, com uma realidade inquestionável: preciso do meu telemóvel para, resumidamente, tudo! Para ver as horas, para estar contactável e, até mesmo, para mostrar que estou viva.
Num tom mais sério, a forma como cada um de nós gasta os preciosos segundos do seu dia torna latente a necessidade que temos de usar os nossos aparelhos eletrónicos. Vejamos: começamos o dia acordando, ao som do despertador; depois, tomamos o pequeno-almoço servindo-nos de uma torradeira ou tostadeira e de um micro-ondas; continuamos, ao almoço, com a ajuda de um fogão de indução ou um robô de cozinha e isto repete-se ao jantar. Nos intervalos destas atividades, usamos computadores para lazer, eletrodomésticos para as lidas domésticas e todas as outras coisas que não dispensamos, mas que não é necessário mencionar…
Para além disso, na nossa vida profissional, é inegável que a tecnologia desempenha um papel central, papel esse que, ao longo dos anos, se tem tornado cada vez mais visível. É o caso dos computadores e do seu indispensável software, dos smartphone e dos tablet, das fotocopiadoras multifunções e de todos aqueles “bichinhos” que passam despercebidos diariamente, a não ser que, num azar, deixem de funcionar. Pois é exatamente quando estas pequenas criaturas se lembram de avariar – e temos de voltar ao básico, perdendo valiosos minutos – que percebemos a sua verdadeira importância. O impacto da evolução da tecnologia é algo a que não prestamos muita atenção, mas sem esta evolução, em vez de enviarmos e-mails, encontrar-nos-íamos, por exemplo, a enviar cartas que, hoje em dia, não são tão rápidas como precisamos.
Portanto, devemos à tecnologia a facilidade das tarefas do dia-a-dia, sem qualquer margem para dúvidas. E é realmente quando penso nas coisas que faço diariamente que dou por mim a questionar: o que seria de mim sem a tecnologia?
Andreia Gonçalves (Estudante do 2.º ano)

Tecnologia: teimosia ou medo?


Telemóveis, computadores, Internet, tablets, e-mails e mais uns quantos aparelhos que apareceram nos últimos anos e que nos ajudam no dia a dia e no trabalho. Ou será que não?

Enquanto certas pessoas consideram a evolução da tecnologia a melhor coisa que pode haver, outras acham que só apareceram para complicar a vida. Claro que as mudanças nem sempre trazem só vantagens, mas temos de nos adaptar e isso significa aprender a lidar com estas novidades. É compreensível que esta aprendizagem para os jovens ocorra de forma mais célere e fácil do que para as pessoas mais velhas, mas isso depende também da vontade de aprender de cada um.

Tenho um exemplo de pura teimosia para com a tecnologia em casa. A minha mãe, que neste momento tem 67 anos, teima em não querer aprender a mexer num computador. Como ela própria argumenta: burro velho não aprende línguas. 

Nas empresas esta teimosia não é admissível, uma vez que tem um impacto negativo na produtividade e nos resultados. A insistência em recusar a tecnologia pode, contudo, servir de desculpa para não tornar visível a falta de competências e com isso perder autoridade ou respeito junto dos colegas ou subordinados.

Tendo em conta que tudo à nossa volta evolui e que estamos permanentemente em aprendizagem, não é vergonha nenhuma pedir ajuda e confessar que não sabemos - o importante é querermos aprender!

Catarina Faria (Alumni)

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Otimismo, um investimento no sucesso

Na atual visão das organizações, os recursos humanos são áreas-chave, quer para o seu sucesso e crescimento económicos quer para estabelecer vantagens competitivas, sobretudo no caso de profissionais altamente especializados ou ligados à área dos serviços.

Neste contexto, um colaborador otimista é uma mais-valia: trabalha com mais afinco e alcança melhores resultados - independentemente das circunstâncias menos favoráveis no seu ambiente funcional -, apresentando novas ideias que podem melhorar os processos da organização, logo, aumentando o seu lucro. Ao contagiar, positivamente, todos os elementos que com ele interagem, quer sejam membros da equipa ou clientes, gera ciclos de qualidade e de produtividade aumentados.

Por oposição, trabalhadores pessimistas terão baixa assiduidade/produtividade e recorrerão aos seguros de saúde frequentemente, em consequência dos problemas psicossomáticos resultantes do seu estado - dores ou fadiga crónicas, doenças gástricas, etc. A abulia – dificuldade ou mesmo incapacidade para tomar decisões -, consequência duma atitude pessimista, leva a um ambiente de estagnação de ideias e de resultados, fatais para qualquer empresa.

O otimismo, embora inato, pode ser aprendido e múltiplas empresas – sobretudo as grandes multinacionais -, estão agora atentas a estes fatores humanos. A promoção de workshops motivacionais, a nível interno ou externo e a todos os níveis da estrutura organizacional, é disso reflexo.

A importância das atitudes positivas e a mudança que as mesmas podem ocasionar no decurso da vida dos envolvidos, quer a nível pessoal quer a nível profissional, é agora reconhecida e medida em inúmeros estudos - sobretudo nas áreas da sociologia e psicologia do trabalho –, sendo analisados e as suas recomendações aplicadas, com seriedade, no seio das empresas. A nova geração de gestores, quando olha para a sua organização como um todo, também levará em consideração este aspeto fundamental do tecido económico da sua unidade de produção: o seu capital humano.

Não se esqueça: ser otimista ou pessimista depende, sobretudo, de si!

Mariana Pereira (Estudante do 2.º ano)

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Anorexia Empresarial


Confusos com a junção destes dois conceitos que, à partida, nada têm a ver um com o outro? O que é que Medicina e Nutrição têm a ver com a Gestão de Empresas é o que suscita maior curiosidade ao analisar este termo.


Tanto quanto sabemos, a anorexia é um distúrbio alimentar que provoca perdas acentuadas de peso. E como é que essa diminuição de peso se encaixa na realidade empresarial?


A anorexia empresarial é igualmente um distúrbio, mas de ordem organizacional, caracterizando-se pelos cortes excessivos de ativos humanos com a única preocupação de reduzir custos no curto prazo. Não existe a preocupação de encontrar outras soluções a não ser a do caminho mais fácil de cortes de despesa, de novos projetos, de futuros investimentos e, claro, de postos de trabalho.


Os autores deste termo, dois académicos, Gary Hamel e C.K. Prahalad, verificaram que, em consequência destes cortes desmesurados, as organizações arriscam uma anorexia empresarial. Ou seja, perde-se massa muscular, que resulta em estagnação e perda gradual de capacidade de crescimento. Com o que resta, dificilmente a organização consegue ser eficaz e competitiva, pois, tal como um corpo subnutrido, falta-lhe a força anímica para reagir e viver.


Consequência grave deste processo é a perda de know-how, do capital intelectual que se desperdiça com estas medidas. Não se pode olhar somente para os números e, através de uma equação, resolver as dificuldades das empresas. Corre-se o sério risco de as organizações serem geridas somente com base em rácios financeiros e contabilísticos. Há que saber tornar os processos mais eficientes, reduzindo custos, perdas de tempo e outros desperdícios. E não se exclui a necessidade de reduzir recursos humanos; contudo, esta estratégia deverá ser o último recurso e assentar num planeamento cuidadoso a longo prazo, envidando-se todos os esforços para revitalizar a organização.

Infelizmente, no atual panorama nacional de recessão também nos deparamos com empresas que não procuram outra saída que a do lay-off ou dos despedimentos. É verdade que não é fácil fazer face a tantas dificuldades, com a banca e os mercados de costas voltadas para, sobretudo, os pequenos e médios empresários. Mas é necessária a coragem e determinação para lutar, pois vemos, em simultâneo, florescer um sem fim de pequenos negócios, quase sempre através de divulgação nas redes sociais, que os mais empreendedores (outro vocábulo muito em voga) desenvolvem para garantir uma fonte de rendimento extra: veja-se, por exemplo, a proliferação de empresas que fazem bolos, doces e comida para fora, ou de produtos artesanais. Embora estes pequenos negócios não contribuam diretamente para o PIB, certamente farão a diferença para as famílias que neles se apoiam e permitem-nos acreditar num futuro tecido empresarial dinâmico e criativo.

Mafalda Baptista (Alumni)